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OAB Rondônia aciona Justiça Federal contra operadoras de telefonia e Meta por falhas que permitem o “Golpe do Falso Advogado”

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O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Rondônia (OAB RO), Márcio Nogueira, ingressou na Justiça Federal com uma ampla Ação Civil Pública (ACP) contra as operadoras Claro, Vivo, TIM e contra a Meta, controladora do WhatsApp, Facebook e Instagram, responsabilizando-as pela proliferação do chamado “Golpe do Falso Advogado”, um estelionato digital que vem atingindo milhares de cidadãos e abalando diretamente a advocacia brasileira.

Na ação, a OAB RO pede a adoção imediata de medidas urgentes, além de reparação financeira por danos morais individuais homogêneos sofridos pelos profissionais vítimas do esquema. O golpe se tornou um fenômeno nacional, com mais de 10 mil vítimas registradas no país só em 2025, de acordo com dados levantados pela Seccional.

Como funciona o golpe

O “Golpe do Falso Advogado” é descrito pela OAB como uma fraude complexa, dividida em etapas:

1.Acesso ilegal a informações reais de processos judiciais, contendo nomes, valores, decisões e até petições oficiais.

2.Criação de perfis falsos no WhatsApp, com foto, nome e até voz clonada de advogados reais.

3.Contato com clientes das vítimas, solicitando pagamentos por PIX sob pretextos como custas judiciais, taxas de liberação de alvarás ou honorários complementares.

Com base nessas informações verídicas, criminosos conferem grande aparência de autenticidade, enganando clientes e manchando a imagem do advogado usurpado.

Falhas sistêmicas das empresas

A peça processual afirma que o golpe tem se expandido devido a falhas estruturais na atuação das rés, especialmente:

1. Operadoras de telefonia

-Habilitação de linhas pré-pagas sem verificação robusta de identidade, facilitando a atuação de criminosos com dados falsos.

-Vulnerabilidade a golpes de SIM swap, quando criminosos conseguem transferir um número para outro chip.

-Falta de mecanismos eficazes para bloquear imediatamente linhas denunciadas.

2. Meta (WhatsApp, Facebook e Instagram)

-Lentidão na remoção de perfis falsos, mesmo quando denunciados formalmente.

-Ausência de um canal institucionalizado e prioritário para denúncias de perfis usados em crimes.

-Falta de filtros automáticos para detectar comportamentos típicos de estelionatários.

A OAB afirma que essa somatória de falhas permite a continuidade das fraudes e gera danos graves à confiança entre advogados e seus clientes, além de minar a credibilidade da profissão perante a sociedade.

Impactos para a advocacia de Rondônia

De acordo com a OAB RO, a situação tem provocado desgaste diário aos profissionais, que precisam:

Explicar reiteradamente aos clientes que não enviam mensagens pedindo transferências;

Auxiliar vítimas que caíram no golpe;

Lidar com suspeitas, ruídos e tensões na relação advogado-cliente.

“Trata-se de um dano que ultrapassa o mero aborrecimento”, afirma a petição, argumentando que o golpe atinge o núcleo da função social da advocacia, definida pela própria Constituição como atividade essencial à Justiça.

Pedidos feitos à Justiça Federal

A ação solicita que, em caráter liminar, o juiz determine medidas urgentes como:

Para operadoras de telefonia

-Implantação de verificação biométrica e cruzamento de bancos de dados para novas linhas.

-Criação de canal prioritário para denúncias da OAB, com bloqueio de linhas suspeitas em até quatro horas.

-Implementação de dupla autenticação para portabilidade e emissão de segunda via de chip.

Para a Meta

-Criação de canal prioritário direto com a OAB para denúncia de perfis falsos.

-Remoção de contas fraudulentas em até 2 horas após notificação.

-Alertas automáticos para usuários interagirem com perfis recém-criados.

-Filtros para identificar tentativas de golpe, inclusive mecanismos de scanner facial para verificar quem está habilitando contas no WhatsApp.

Medidas conjuntas

-Campanhas de alerta público em redes sociais, TV e rádio.

-Criação de um comitê permanente envolvendo OAB, Polícia Civil e PROCON.

As multas pedidas, em caso de descumprimento, chegam a R$ 20 mil por hora para alguns itens.

Responsabilidade e reparação

A OAB fundamenta a responsabilidade das empresas nos seguintes pontos:

-Responsabilidade objetiva prevista no Código de Defesa do Consumidor.

-Dever de segurança imposto pela LGPD e pelo Marco Civil da Internet.

-Entendimento recente do STF, segundo o qual provedores podem ser responsabilizados por não agir com rapidez suficiente diante de conteúdos ilícitos e contas inautênticas.

A entidade pede ainda que as empresas sejam condenadas a indenizar todos os advogados de Rondônia lesados moralmente, com valor a ser definido em fase de liquidação.

Urgência do caso

A petição destaca que o golpe opera dentro da chamada “janela de minutos”: o curto período entre o pagamento da vítima e a dispersão do dinheiro por redes criminosas. Uma resposta lenta, afirma a OAB, compromete qualquer possibilidade de rastreamento.

A ACP marca um passo decisivo no enfrentamento ao Golpe do Falso Advogado, cobrando responsabilidade de quem tem real capacidade de impedir que o crime continue se multiplicando. Diante de um esquema que já se tornou uma verdadeira indústria, com perfis falsos, uso de dados reais e até clonagem de voz, a ação exige medidas concretas: biometria nas operadoras, bloqueio imediato de números utilizados em golpes, remoção de perfis falsos em até duas horas, implementação de filtros anti-golpe, uso de scanner facial para criação de novos perfis e uma campanha estadual de alerta financiada pelas próprias rés.

É uma iniciativa firme para proteger a sociedade e desestruturar o ambiente que hoje permite que esses golpes prosperem.

Fonte: Ascom OAB/RO

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Dupla sofre acidente gravíssimo após perder controle de moto em Porto Velho

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Na madrugada desta quinta-feira (4), um gravíssimo acidente foi registrado na Avenida Rio de Janeiro, entre a Rua Daniela e a Avenida Mamoré, no bairro Lagoinha, zona Leste de Porto Velho. Dois jovens seguiam em uma motocicleta Honda Titan 160 pela via, no sentido da Avenida Mamoré, quando perderam o controle do veículo.

Segundo informações apuradas pela Equipe Notícias Urgentes, a moto invadiu o canteiro central e os ocupantes foram arremessados ao solo. Um deles colidiu violentamente contra uma árvore e ficou inconsciente, em estado extremamente grave, agonizando até a chegada de uma equipe do Samu, Unidade de Suporte Avançado, que realizou os primeiros socorros.

Devido à gravidade, a vítima foi encaminhada ao Hospital João Paulo II. O segundo ocupante também sofreu ferimentos críticos, recebeu atendimento de outra ambulância e foi levado ao mesmo hospital. Ambos permanecem internados com quadro delicado.

Policiais do Batalhão de Trânsito atenderam a ocorrência, e a Perícia Técnico-Científica realizou os levantamentos no local. Câmeras de monitoramento instaladas na região poderão ajudar a esclarecer se houve a participação de outro veículo ou o que realmente causou a queda violenta.

Fonte: Notícias Urgentes

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Pai arrasta a filha pela porta do carro e é preso em jogo de futebol

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Um homem foi preso durante uma partida de futebol amador na Barra da Tijuca (RJ) por tentar matar a própria filha de 32 anos, que foi arrastada pelo carro que ele dirigia. Valdemar Ferraz Rosendo foi capturado nessa quarta-feira (3/12) por policiais civis da 50ª DP (Itaguaí). Ele teria arrancado com o veículo no momento em que a filha tentava abrir a porta, prendendo-a na maçaneta do carro.

A tentativa de homicídio ocorreu em outubro do ano passado, em Itaguaí (RJ). Segundo a Polícia Civil, Valdemar teria discutido com a ex-companheira, e a filha foi até ele para tentar conversar.

O pai já estava dentro do carro quando a filha se aproximou. Ao segurar a maçaneta, ela foi arrastada pelo veículo enquanto pedia socorro, mas Valdemar não parou. A vítima só conseguiu escapar porque a maçaneta se quebrou, lançando-a no asfalto. Valdemar fugiu sem prestar qualquer ajuda.

Após descobrir que a filha havia procurado a delegacia, Valdemar se escondeu na comunidade do Bateau Mouche, na Zona Sudoeste do Rio de Janeiro.

Fonte: Metrópoles

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Mãe foragida por torturar e quebrar 6 costelas de filha bebê é presa

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Ketlyn Di Cris Sampaio Vieira, de 28 anos, foi presa na manhã dessa terça-feira (2/12), no bairro Trevo, em Praia Grande, litoral sul de São Paulo. Ela era procurada após ter sido condenada a nove anos e quatro meses de prisão por ter torturado a filha de seis meses de idade, em 2021.

Ela era procurada desde outubro deste ano, quando a Justiça de São Paulo expediu um mandado de prisão definitiva após a condenação transitar em julgado. Ketlyn já havia sido presa em flagrante pelo crime de tortura no dia 7 de março de 2021, junto com João Victor Calazans do Carmo, companheiro dela e padrasto da criança.

Na ocasião, a prisão foi convertida em preventiva, mas um alvará de soltura expedido em julho de 2021 permitiu que os dois respondessem pelos crimes em liberdade, visto que a criança vítima da tortura estava protegida na guarda de familiares. João Victor segue foragido.

Crime de tortura

Ketlyn e João Victor foram presos em flagrante no dia 7 de março de 2021, após levarem o bebê de seis meses com lesões graves à Unidade de Pronto Atendimento Quietude, em Praia Grande.

Na UPA, a médica plantonista constatou seis costelas e uma clavícula fraturadas. Além disso, um laudo médico afirmou que as lesões foram causadas em momentos distintos.

Inicialmente, a mãe alegou que as lesões poderiam ter sido causadas por uma queda, um aperto involuntário muito forte ou até mesmo por uma reação à vacina, mas Ketlyn apresentou nervosismo, o que levantou suspeitas e fez a médica acionar a polícia. A mulher ainda tentou fugir do local com a chegada da PM.

Posteriormente, familiares da vítima contaram que o bebê apresentava lesões e hematomas constantes desde os três meses de vida. Havia também um registro anterior de boletim de ocorrência por maus-tratos, de janeiro de 2021.

O casal foi preso e condenado a nove anos e quatro meses de prisão em regime inicial fechado pela prática de tortura com lesão corporal grave.

Fonte: Metrópoles

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