Política
Rodrigo Paz é eleito presidente na Bolívia
Grande surpresa no primeiro turno, Rodrigo Paz, do Partido Democrata Cristão (PDC), venceu na noite deste domingo a segunda volta da eleição presidencial na Bolívia, que terá pela primeira vez em 20 anos um presidente de direita. O economista — que lidera uma centro-direita com mais penetração nos setores populares —, obteve 54,49% dos votos, conseguindo captar muitos eleitores que, no passado, apoiaram o Movimento ao Socialismo (MAS), do ex-presidente Evo Morales e do atual mandatário, Luis Arce.
Aos 58 anos, o filho do ex-presidente Jaime Paz Zamora, derrotou a Aliança Livre do também ex-presidente Jorge “Tuto” Quiroga, que representa a direita clássica boliviana e ficou com 44,5% dos votos, de acordo com os resultados preliminares. Os números finais ainda podem variar, mas o presidente do Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) disse na noite de ontem que a tendência é “irreversível”.
— Nosso futuro está em jogo em um dos momentos mais críticos da história do país. O povo demonstrou que entende o peso do seu voto, o valor da sua decisão e o significado do mandato que confia a quem elege. O presidente eleito será um servidor público com a missão de enfrentar as crises do gás, do dólar e dos preços, e de reconstruir nossas instituições e o sistema democrático — afirmou Paz, em sua primeira declaração após a divulgação dos resultados.
Paz — que assumirá a Presidência em 8 de novembro, sucedendo Arce — nasceu em Santiago de Compostela, na Espanha, durante o exílio de seus pais perseguidos pelas ditaduras militares sul-americanas. Manteve uma vida marcada pela mobilidade entre diferentes países antes de regressar definitivamente à Bolívia. Economista de formação, estudou Relações Internacionais e concluiu um mestrado em Gestão Política pela American University, em Washington.
Surpresa no 1º turno
Seu vice, Edmand Lara, é um ex-policial que costuma viralizar em redes como TikTok e ajudou Paz a captar os votos dos setores mais humildes. Ontem, Lara pediu “unidade e reconciliação entre os bolivianos”, em uma breve mensagem na porta de sua casa, em Santa Cruz:
— É hora de nos unirmos, é hora de nos reconciliarmos, somos todos bolivianos. Acabaram-se as cores políticas — afirmou.
No primeiro turno, nenhum dos dois obteve apoio majoritário, mas Paz surpreendeu ao liderar com 32% dos votos, contra 26% de seu adversário. Nenhuma sondagem projetava o favoritismo de Paz: em levantamentos anteriores, ele aparecia com menos de 10% das intenções de voto, atrás de Quiroga e Doria Medina (que obteve 20% dos votos no primeiro turno).
No entanto, em meio a uma crise econômica profunda, seu discurso de renovação política encontrou terreno fértil num eleitorado que rejeita cada vez mais o Movimento ao Socialismo (MAS) — no poder desde 2005, quando o ex-presidente Evo Morales, impedido de concorrer nestas eleições, foi eleito pela primeira vez.
‘Capitalismo para todos’
Durante a campanha, Paz prometeu uma abordagem de “capitalismo para todos” para a reforma econômica, com descentralização, impostos mais baixos e disciplina fiscal combinados com gastos sociais contínuos. Também afirmou que não solicitará créditos até reestruturar as finanças internas. Ele prometeu mudar o sistema sem prejudicar ninguém. E em seus comícios, espalhava slogans para todos: do conservador “Deus, família, pátria” ao guevarista “até a vitória para sempre”.
Mas, mesmo com o controle do Congresso, onde o PDC ocupará 47 cadeiras e a Aliança Livre, de Quiroga, 37 — de um total de 130 —, o presidente eleito deverá selar os acordos necessários para garantir a governabilidade num país cuja história ensina que governos que adotam medidas impopulares enfrentam ruas combativas.
Uma coalizão parlamentar será fundamental para avançar em reformas, entre elas a da própria Constituição. Paz também deverá encontrar rapidamente soluções para uma crise econômica que se alastra há mais de cinco anos, com um déficit fiscal de cerca de 5% do PIB, a produção e exportação de hidrocarbonetos em níveis historicamente baixos, uma economia informal que já atinge cerca de 70% dos trabalhadores do país, e uma situação caótica no mercado cambial.
Tudo isso, com Morales foragido da Justiça, outros dirigentes políticos presos, e os sindicatos, fortes aliados do MAS (Movimento ao Socialismo) no passado, de olho nos planos de ajuste do presidente eleito.
Morales, por sua vez, votou neste domingo em um vilarejo em Chapare, em Cochabamba, mesmo foragido. O ex-presidente que governou por três mandatos consecutivos entre 2006 e 2019, não conseguiu registrar sua candidatura devido a uma decisão judicial que proibiu mais de uma reeleição. O líder vive em um região cocaleira, protegido por uma guarda indígena de uma ordem de prisão por um caso de tráfico de menor de idade, acusação que ele nega.
Embora tenha deixado seus seguidores livres para votar no segundo turno, ele declarou em uma entrevista à AFP em agosto que permaneceria no país para “batalhar nas ruas” se a direita assumisse o poder.
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Crise profunda
Com sua ascensão, a Bolívia fecha um longo ciclo de governos de esquerda, iniciado em 2006 por Morales, durante o qual os recursos naturais foram nacionalizados, as relações com os Estados Unidos foram rompidas e os laços foram fortalecidos com potências emergentes como China, Rússia, Irã e a esquerda latino-americana.
O país desfrutou de muitos anos de crescimento, mas os bons tempos para a economia acabaram há muito tempo. O Banco Mundial projeta uma recessão para o país sul-americano que durará pelo menos até 2027. A inflação atingiu 23% em setembro, em relação ao mesmo período do ano anterior.
A produção despencou e a Bolívia quase esgotou suas reservas em dólares para sustentar um subsídio universal para combustível que também não tem condições de importar. O governo do presidente Arce, que não concorreu à reeleição, quase esgotou suas reservas internacionais de dólares para sustentar sua política de subsídios. Além disso, importa gasolina e diesel e alguns insumos como o trigo, para fazer farinha, e os vende por um preço mais baixo no mercado interno. Mas sem divisas para as compras internacionais, a disponibilidade desses produtos se tornou inconstante e causou longas filas.
A produção boliviana registrou contração de 2,4% no primeiro semestre de 2025, segundo dados oficiais. O Banco Mundial projeta uma recessão que deve durar pelo menos até 2027. As longas filas para abastecimento de combustíveis viraram parte da paisagem do país de 11,3 milhões de habitantes.
Fonte: O Globo
Política
Léo Moraes está entre os três prefeitos de capitais mais bem avaliados do Brasil
Uma pesquisa da AtlasIntel, divulgada nesta sexta-feira (19), aponta o prefeito de Porto Velho, Léo Moraes (Podemos), entre os gestores mais bem avaliados do país, com 75% de aprovação da população.
O levantamento também mostra que o prefeito de São Luís (MA), Eduardo Braide (PSD), lidera o ranking nacional, com a maior aprovação entre todas as capitais brasileiras, alcançando 82% de avaliação positiva.
Na outra ponta do ranking está a prefeita de Campo Grande (MS), Adriane Lopes (PP), que registra a menor taxa de aprovação, com apenas 14% da população aprovando sua gestão.
Por região, Antonio Furlan (MDB), em Macapá (AP), tem a maior aprovação no Norte (78%); Abílio Brunini (PL), em Cuiabá (MT), no Centro-Oeste (54%); Eduardo Paes (PSD), no Rio de Janeiro (RJ), no Sudeste (59%); e Eduardo Pimentel (PSD), em Curitiba (PR), no Sul (64%).
Veja a taxa de aprovação por prefeito de capital:
- 1. Eduardo Braide (PSD, São Luís – MA): 82% de aprovação
2. Antonio Furlan (MDB, Macapá – AP): 78%
3. Leo Moraes (Podemos, Porto Velho -RO): 75%
4. JHC (PL, Maceió – AL): 73% - 5. João Campos (PSB, Recife – PE): 64%
6. Eduardo Pimentel (PSD, Curitiba – PR): 64%
7. Arthur Henrique (MDB, Boa Vista – RR): 64%
8. Eduardo Paes (PSD, Rio de Janeiro – RJ): 59% - 9. Eduardo Siqueira (Podemos, Palmas – TO): 59%
10. Bruno Reis (União, Salvador – BA): 56%
11. Abílio Brunini (PL, Cuiabá – MT): 54%
12. Evandro Leitão (PT, Fortaleza – CE): 52%
13. Topázio Neto (PSD, Florianópolis – SC): 51% - 14. Emília Corrêa (Republicanos, Aracaju – SE): 49%
15. Silvio Mendes (União, Teresina – PI): 48%
16. Lorenzo Pazolini (Republicanos, Vitória – ES): 47%
17. Igor Normando (MDB, Belém – PA): 42%
18. Tião Bocalom (PL, Rio Branco – AC): 42%
19. Cícero Lucena (MDB, João Pessoa – PB): 42%
20. Paulinho Freire (União, Natal – RN): 41%
21. Ricardo Nunes (MDB, São Paulo – SP): 40%
22. Sandro Mabel (União, Goiânia – GO): 38%
23. Sebastião Melo (MDB, Porto Alegre – RS): 38%
24. Álvaro Damião (União, Belo Horizonte – MG): 28%
25. David Almeida (Avante, Manaus – AM): 23% - 26.Adriane Lopes (PP, Campo Grande – MS): 14%
Veja o quadro completo da pesquisa:

(AtlasIntel/Reprodução)
Para fazer o levantamento, a AtlasIntel coletou um total de 82.781 entrevistas pela internet entre 6 de outubro e 5 de dezembro deste ano. A margem de erro varia entre um a cinco pontos percentuais, para mais ou para menos, a depender da localidade.
Fonte: Veja
Política
Com emenda de R$ 6 milhões, deputado Alex Redano garante Implanons e medicamentos para Ariquemes
A saúde pública de Ariquemes foi fortalecida com a destinação de uma emenda parlamentar no valor de R$ 6 milhões, proposta pelo deputado estadual Alex Redano (Republicanos). O investimento garantiu a entrega de mil implantes contraceptivos Implanon pelo Sistema Único de Saúde (SUS), eliminando a fila de espera pelo dispositivo no município. Além disso, os recursos possibilitaram a aquisição de medicamentos essenciais para abastecer todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e a Farmácia Municipal.
A disponibilização dos implantes Implanon representa um avanço significativo nas políticas de planejamento familiar e na promoção da saúde da mulher em Ariquemes. Com a aplicação dos dispositivos, as mulheres passam a contar com um método contraceptivo moderno, seguro e de longa duração, que assegura mais autonomia, dignidade e prevenção. Paralelamente, o reforço no abastecimento de medicamentos contribui para ampliar o acesso e a qualidade do atendimento prestado à população.
O deputado Alex Redano destacou que a emenda foi direcionada para atender demandas reais da população ariquemense. Segundo o parlamentar, garantir mil implantes significa oferecer mais segurança e qualidade de vida às mulheres, ao mesmo tempo em que o fortalecimento do fornecimento de medicamentos beneficia toda a rede pública de saúde.
A prefeita Carla Redano também ressaltou a importância da parceria institucional para a concretização dos avanços. De acordo com ela, a emenda chegou em um momento decisivo, permitindo não apenas zerar a fila de espera pelo Implanon, mas também reforçar o estoque de medicamentos nas UBSs e na Farmácia Municipal, refletindo em um atendimento mais eficiente e seguro para a população.
A aplicação dos implantes contraceptivos e a distribuição dos medicamentos são de responsabilidade da Secretaria Municipal de Saúde, que conta com equipes capacitadas e acompanhamento técnico adequado. A iniciativa consolida Ariquemes como referência em políticas públicas de saúde e evidencia a atuação conjunta entre o Legislativo estadual e o Executivo municipal em benefício dos cidadãos.
Fonte: Secom/Alero
Política
Assembleia aprova projeto que autoriza Rondônia a aderir a novo programa de revisão de dívidas com a União
Durante sessão extraordinária realizada na última terça-feira (16), os deputados estaduais aprovaram o Projeto de Lei Ordinária 1255/25, que autoriza o Poder Executivo de Rondônia a aderir ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag).
A proposta foi encaminhada pelo Poder Executivo e autoriza o Estado a aderir ao Propag, programa instituído pela Lei Complementar Federal 212/25, permitindo a celebração de contratos e termos aditivos de refinanciamento de dívidas com a União.
De acordo com a mensagem governamental enviada à Assembleia, a medida tem como foco o refinanciamento da dívida prevista na Lei Federal 9.496/97, relacionada ao antigo Banco do Estado de Rondônia (Beron), reafirmando o compromisso da gestão estadual com o equilíbrio fiscal, a transparência e a aplicação responsável dos recursos públicos.
A proposta destaca que a adesão ao Propag possibilita a revisão dos termos das dívidas dos estados, com condições mais favoráveis de pagamento, além da criação de um fundo de equalização federativa. O programa também prevê a viabilização de investimentos em áreas como educação, infraestrutura, obras, segurança pública, transporte e saneamento, no âmbito da iniciativa denominada Juros por Educação.
O governo esclarece ainda que a adesão ao Propag não implicará o desligamento do Estado do Programa de Acompanhamento e Transparência Fiscal nem do Programa de Reestruturação e Ajuste Fiscal, instituídos pela Lei Complementar Federal 178/21.
Outro ponto destacado é o ingresso de Rondônia na cota-parte estadual do Fundo de Equalização Federativa, formado com recursos dos estados aderentes ao Propag, com o objetivo de promover maior equilíbrio federativo e fortalecer a capacidade de investimento em áreas essenciais ao desenvolvimento econômico e social.
Impactos
O projeto detalha que o Poder Executivo fica autorizado a manter as garantias originalmente pactuadas nos contratos de dívida, efetuar o pagamento da dívida apurada e utilizar os instrumentos previstos em lei, observando as exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal quanto à necessidade de autorização legislativa prévia.
O documento informa que foram elaboradas estimativas de impacto financeiro pela Secretaria de Estado de Finanças, por meio da Coordenadoria do Tesouro Estadual, conforme Nota Técnica 23/2025/SEFIN-COTES, considerando diferentes hipóteses de refinanciamento no âmbito do Propag.
No cenário analisado para Rondônia, a dívida passível de inclusão no programa é a relacionada à liquidação do Beron, com saldo atualizado de R$ 2,9 bilhões, taxa prefixada de 4% ao ano, atualização monetária pelo Coeficiente de Atualização Monetária (CAM) e prazo final de pagamento em 2048.
Entre as hipóteses avaliadas, o Governo aponta que a atualização pelo IPCA sem incidência de juros representa a maior economia financeira possível, estimada em R$ 4,8 bilhões, com média anual de R$ 202 milhões entre 2026 e 2030. Já a hipótese com atualização pelo IPCA e juros de 2% ao ano resultaria em economia estimada de R$ 3,3 bilhões, com média anual de R$ 68 milhões no mesmo período inicial.
A mensagem conclui que, em todos os cenários analisados, Rondônia apresentaria economia financeira, mantendo resultado fiscal positivo.
Fonte: Secom ALE/RO
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