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Polícia

Justiça bloqueia mais de R$ 605 milhões por crimes ambientais na Estação Soldados da Borracha em Porto Velho

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O Ministério Público do Estado de Rondônia (MPRO), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e do Núcleo de Combate ao Crime Ambiental (Nucam), vinculado ao Grupo de Atuação Especial do Meio Ambiente (Gaema), com o auxílio da Polícia Civil de Machadinho do Oeste e do Departamento Estadual de Estradas de Rodagem e Transportes (DER/RO), deflagrou na data de hoje a segunda fase da Operação Arigós.

A Operação visa cumprir decisão proferida pela 3ª Vara Criminal da Comarca de Porto Velho, que determinou diversas medidas cautelares assecuratórias em desfavor dos investigados, dentre as quais: indisponibilidade/inalienabilidade de bens imóveis e móveis no importe de R$ 605.111.082,57 (seiscentos e cinco milhões, cento e onze mil e oitenta e dois reais e cinquenta e sete centavos); apreensão e remoção de veículos, máquinas pesadas (tratores), equipamentos e implementos agrícolas; sequestro de semoventes (gado); suspensão das atividades agropecuárias; proibição de entrada e circulação no interior e no entorno da Esec Soldados da Borracha; desativação do cadastro dos investigados junto ao CARF; e proibição de emissão de GTAs (Guia de Transporte Animal).

A decisão foi proferida no curso de ação penal movida pelo Ministério Público, em que 12 (doze) pessoas investigadas na Operação Arigós, deflagrada em 14 de junho de 2022, foram denunciadas em razão da prática dos crimes de associação criminosa (art. 288 do Código Penal), causar dano a unidade de conservação (art. 40 da Lei 9.605/98), impedir ou dificultar a regeneração de florestas e demais formas de vegetação (art. 48 da Lei 9.605/98) e falsidade ideológica (art. 299 do Código Penal), praticados no interior da Estação Ecológica Soldados da Borracha, situada na região de Porto Velho, Cujubim e Machadinho do Oeste.

Durante a apuração dos fatos, ficou comprovado que os denunciados, objetivando lucro, associaram-se para a prática de graves crimes ambientais no interior da Estação Ecológica Soldados da Borracha, unidade de conservação de proteção integral criada em 20 de março de 2018. Para tanto, fraudavam contratos de compra e venda, omitindo deliberadamente os reais compradores, fazendo constar nomes de interpostas pessoas (“laranjas”), com a finalidade de elidir eventual responsabilidade civil, criminal e administrativa (multa) dos seus líderes e reais beneficiários.

Ao todo, os denunciados foram responsáveis pelo desmate de 8.023,455 hectares de mata nativa no interior da ESEC SOLDADOS DA BORRACHA, extensão correspondente à mais de 11 mil campos de futebol, causando um significativo dano ambiental, valorado em R$ 605.111.082,57 (seiscentos e cinco milhões, cento e onze mil, oitenta e dois reais e cinquenta e sete centavos).

Esta segunda fase da operação, que contou com a participação de 25 agentes, tem como objetivo impor restrições à capacidade financeira de parte dos denunciados, coibindo a continuidade da exploração da atividade econômica ilícita e, principalmente, bloquear bens e valores dos integrantes da associação criminosa, visando à reparação dos danos ambientais e sociais decorrentes das nefastas atividades ilegais por eles praticadas.

O MPRO, com esse ato, reafirma sua postura incisiva na desarticulação e combate ao crime organizado ambiental, assegurando a proteção integral dos recursos naturais e a preservação do equilíbrio ecológico para as presentes e futuras gerações.

Fonte: Assessoria do MP/RO

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Polícia

Sargento da PM começa a ser julgado por matar esposa e jogar corpo em rio

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Começou na manhã desta quarta-feira (15), em Porto Velho, o julgamento do sargento da Polícia Militar (PM), Gilmar de Sousa Castro, de 53 anos. Ele é acusado de matar a companheira, Lindalva Galdino de Araújo, de 52 anos, e jogado o corpo em um rio. O crime aconteceu em julho de 2022.

A filha da vítima, Jaqueline Araújo de Azevedo, falou à Rede Amazônica que espera por Justiça. Também lamenta o não ter conseguido se despedir da mãe.

“A minha mãe era muito amável, tratava muito bem ele. Minha mãe não merecia isso, ninguém merece uma maldade dessa. A gente não teve nem a oportunidade de ter um velório digno de poder pegar no corpo, na mão da minha mãe. Isso me dói tanto, quando eu lembro que eu não pude pegar no rosto da minha mãe, na mão dela”, relata.

Gilmar é julgado por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. O boletim de ocorrência narra que ele matou a vítima com um tiro no pescoço, a enrolou em uma lona, colocou no porta malas do carro, se deslocou até o ramal Maravilha e jogou o corpo de Lindalva em uma ribanceira.

O suspeito confessou à polícia que arrastou o corpo até o rio Madeira e ficou olhando até ele desaparecer.

A defesa do sargento sustenta a tese de que o tiro foi um “acidente doméstico” e que o suspeito tinha a intenção de levar a vítima até o hospital, mas ficou desesperado. Quatro testemunhas de defesa devem ser ouvidas.

“Na verdade Gilmar viveu 18 anos com Lindalva. Eles tinham planos. Infelizmente aconteceu uma fatalidade. Muitas vezes diante de situações como essa as pessoas não sabem que decisão tomar, na verdade ele queria levar ela pro hospital”, reforça o advogado Maurício Filho.

No entanto, de acordo com a promotora de Justiça, Joice Gushy, o réu já tem um histórico de violência contra a vítima. Ela espera por uma pena justa e severa, acolhendo os pedidos do Ministério Público de Rondônia.

“Infelizmente nós gostaríamos de acreditar na tese da defesa, mas nós temos provas robustas que apontam exatamente em sentido contrário. [Esperamos] o reconhecimento de que ele praticou um crime absurdo, horrendo, contra aquela pessoa que devia amar, proteger e cuidar”, reforça.

Fonte: G1

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Casal suspeito de esquartejar vizinho e matar locadora em Porto Velho é preso no AM

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A Polícia Civil de Rondônia prendeu nesta terça-feira (14) um casal suspeito de envolvimento em dois homicídios em Porto Velho. Os suspeitos, que não tiveram a identidade revelada, foram encontrados em Manaus (AM). Segundo a polícia, eles são considerados de alta periculosidade.

De acordo com as investigações, o casal é suspeito de assassinar e esquartejar o vizinho, de 36 anos, em novembro de 2023. O crime aconteceu em Porto Velho, e o corpo da vítima foi abandonado às margens do rio Madeira, próximo ao bairro Cai N’Água.

Meses depois, em agosto de 2024, os mesmos suspeitos teriam matado e incendiado o corpo da casa que eles alugavam no bairro Lagoa, zona Leste da capital. De acordo com a polícia, o crime foi motivado por uma dívida de dois meses de aluguel.

Ainda segundo a polícia, durante a prisão, um dos suspeitos tentou enganar os policiais apresentando um documento falso, mas foi reconhecido e detido. O casal foi levado para a Polícia Civil do Amazonas e deve ser transferido para Porto Velho nos próximos dias, onde vai responder pelos crimes.

Fonte: G1

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Polícia

Empresário rondoniense “Pequeno da Talismã 21” é encontrado morto em chácara

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O empresário rondoniense Gilberto Nunes de Souza, conhecido popularmente como “Pequeno da Talismã 21”, foi encontrado morto na madrugada desta quarta-feira (15), em uma chácara localizada na região de Goiânia (GO), onde residia.

Segundo informações apuradas pela equipe do Notícias Urgentes, o corpo apresentava um ferimento na cabeça, possivelmente causado por disparo de arma de fogo. Uma arma foi encontrada próxima ao corpo. A Polícia Civil de Goiás está conduzindo as investigações para esclarecer as circunstâncias da morte e confirmar se houve crime ou outra motivação.

Natural de Rondônia e muito conhecido na capital, Gilberto Nunes era proprietário da casa de shows Talismã 21, uma das mais tradicionais de Porto Velho, responsável por receber grandes artistas e eventos marcantes ao longo dos anos.

O corpo do empresário será submetido a exame pericial no Instituto Médico Legal (IML) de Goiânia. Familiares e amigos aguardam a liberação para o traslado até Porto Velho, onde deverão ocorrer o velório e o sepultamento.

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