Polícia
Do posto aos bares: entenda como funcionava esquema que levou metanol até bebidas alcoólicas em SP
A Polícia Civil de São Paulo detalhou nesta sexta-feira (17) o caminho percorrido pelo etanol “batizado” usado para produzir as bebidas adulteradas com metanol que causaram duas mortes na Mooca, Zona Leste da capital, e deixou um homem cego na Zona Sul.
O metanol percorreu um caminho que começa em dois postos de combustível no ABC Paulista e termina em bares de diferentes regiões de São Paulo.
Segundo as investigações, o combustível era comprado em dois postos localizados em Santo André e São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. De lá, era levado para uma fábrica clandestina, fechada no último dia 10, onde era misturado com metanol e usado para falsificar bebidas alcoólicas.
O esquema era comandado por Vanessa Maria da Silva, presa na semana passada, e contava com a participação do ex-marido, do pai e do cunhado dela. Todos, segundo a polícia, atuavam no processo de produção, envase e distribuição.
Além do núcleo familiar, também foram identificados os fornecedores das garrafas utilizadas na falsificação. O depósito de embalagens ficava exatamente em frente a um dos postos suspeitos, facilitando a logística do grupo criminoso.
De acordo com o último balanço do governo de São Paulo, divulgado na sexta-feira (17), seis pessoas morreram e há outros 38 casos confirmados de intoxicação por metanol no estado.
O g1 reuniu abaixo o que se sabe até agora sobre a crise.
- Como começou a crise do metanol?
- Como o metanol chegou até as bebidas alcoólicas?
- O etanol usado na falsificação vinha de quais postos de combustível?
- Qual era a fábrica clandestina de adulteração de bebidas?
- Quem comandava a fábrica clandestina?
- Onde as bebidas “batizadas” foram vendidas?
- Como o metanol chegou aos postos de combustível?
- O metanol tem ligação com o PCC?
- Quem são as vítimas?
Como começou a crise do metanol?
De acordo com o Ministério da Saúde, os primeiros casos foram identificados no fim de agosto, quando hospitais da capital paulista começaram a receber pacientes com sintomas graves de intoxicação.
Em 22 de setembro, a rede de saúde estadual detectou um padrão incomum: as vítimas não haviam ingerido combustível nem produtos industriais, mas bebidas alcoólicas compradas em bares e adegas.
A Secretaria estadual da Saúde e o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox) emitiram alerta, e a polícia passou a tratar os casos como resultado de bebidas adulteradas com metanol, um álcool de uso industrial altamente tóxico para consumo humano.
Como o metanol chegou até as bebidas alcoólicas?
As investigações apontam que a substância entrou nas bebidas por meio de etanol contaminado, vendido de forma irregular em postos de combustível no ABC Paulista. Esse combustível foi levado a fábricas clandestinas, onde era usado na produção de vodca, gin e outras bebidas destiladas — reduzindo custos e elevando o lucro dos falsificadores.
O etanol, por sua vez, estaria misturado a metanol, substância altamente tóxica e proibida para o consumo humano.
Perícias encontraram concentrações de metanol superiores a 40% em amostras apreendidas — um nível considerado extremamente elevado. De acordo com as autoridades, concentrações de 0,1% já são nocivas à saúde humana.
O etanol usado na falsificação vinha de quais postos de combustível?
Dois postos — um em Santo André e outro em São Bernardo do Campo — foram identificados como fornecedores do etanol que chegava à fábrica clandestina. Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP) e a Polícia Civil, havia indícios de transações diretas entre os postos e pessoas ligadas à dona da fábrica.
Amostras colhidas nos locais mostraram presença de metanol acima do permitido para uso veicular. A substância não pode ser comercializada para consumo humano.
A ANP admite a presença de até 0,5% de metanol no etanol veicular, por considerar que a substância pode aparecer no processo produtivo.
Qual era a fábrica clandestina de adulteração de bebidas?
A principal fábrica foi localizada em 10 de outubro em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. O local operava sem autorização sanitária nem fiscal e abastecia bares da capital.
A polícia também descobriu depósitos usados para armazenar garrafas e rótulos, além de pontos de distribuição na Zona Sul de São Paulo.
No local, agentes encontraram centenas de garrafas falsificadas e tambores com etanol adulterado.
Quem comandava a fábrica clandestina?
A polícia prendeu Vanessa Maria da Silva, apontada como a líder do esquema. O grupo criminoso envolvia também o ex-marido, o pai e o cunhado dela, todos responsáveis por diferentes etapas da adulteração e da distribuição.
O núcleo familiar coordenava a produção, o envase e a entrega das garrafas falsificadas a bares e adegas de São Paulo.
Os policiais chegaram ao endereço durante as investigações sobre a morte do empresário Ricardo Lopes Mira, de 54 anos, primeira vítima confirmada de intoxicação por metanol em São Paulo.
Como a fábrica conseguia as garrafas para fazer a falsificação?
As garrafas usadas para envasar as bebidas adulteradas vinham de um fornecedor identificado como “garrafeiro”. Ele armazenava os recipientes em um imóvel localizado em frente a um dos postos de combustível investigados — facilitando a logística do esquema.
A polícia também apreendeu mais de mil garrafas em depósitos na capital e na Grande São Paulo. Muitas eram originais de marcas conhecidas, reutilizadas sem autorização.
Onde as bebidas ‘batizadas’ foram vendidas?
As bebidas adulteradas nesta fábrica fechada pela polícia foram vendidas em bares e adegas de diferentes regiões da capital, incluindo a Mooca, na Zona Leste, e a Saúde, na Zona Sul.

A Secretaria da Fazenda já suspendeu Inscrições Estaduais de comércios flagrados vendendo produtos adulterados.
Como o metanol chegou aos postos de combustível?
Segundo a Polícia Federal e a Receita, há indícios de que o metanol tenha chegado aos postos por meio de desvios de importadoras e usinas de etanol.
A Operação Alquimia, realizada na quinta-feira (16), identificou empresas químicas, usinas e terminais marítimos suspeitos de desviar metanol industrial para o mercado ilegal.
Parte desse produto era entregue diretamente a postos da Grande São Paulo, burlando o destino declarado nas notas fiscais.
O metanol tem ligação com o PCC?
Indiretamente. Segundo o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, os suspeitos presos até agora não têm ligação com facções e foram, na verdade, prejudicados por uma organização criminosa que lucra com a adulteração do combustível.
Na visão do secretário, os adulteradores tinham a intenção de mudar as fórmulas das bebidas com etanol, mas compraram sem saber os combustíveis adulterados com metanol nesses postos.
“É uma associação criminosa que foi prejudicada por uma organização criminosa”, disse.
Segundo o secretário, a adulteração de bebidas alcoólicas é uma prática antiga, mas o caso chamou atenção pelo alto índice de metanol encontrado.
Uma das bandeiras dos dois postos de combustível suspeitos de vender etanol “batizado” foi citada na Operação Carbono Oculto, que apura a infiltração da facção criminosa PCC em todas as etapas de produção e venda de combustíveis no Brasil.
A Polícia Civil de São Paulo encontrou na sexta-feira (17) dois postos de combustível suspeitos de vender etanol “batizado” com metanol para ser usado na fabricação clandestina de bebidas alcoólicas ligadas a duas mortes.

Quem são as vítimas?
Até agora, seis pessoas morreram em São Paulo após consumir bebidas contaminadas com metanol:
- Ricardo Lopes Mira, 54 anos (SP)
- Marcos Antônio Jorge Júnior, 46 anos (SP)
- Marcelo Lombardi, 45 anos (SP)
- Bruna Araújo, 30 anos (São Bernardo do Campo)
- Daniel Antonio Francisco Ferreira, 23 anos (Osasco)
- Leonardo Anderson, 37 anos (Jundiaí)
As vítimas foram intoxicadas principalmente em bares e adegas que vendiam vodca e gin falsificados. Entre os sobreviventes, há casos graves de cegueira e sequelas neurológicas.
Fonte: G1
Polícia
Polícia Civil deflagra operação e prende envolvidos em homicídio de 2023
A Polícia Civil do Estado de Rondônia, por meio da 1ª Delegacia de Polícia de São Francisco do Guaporé, em cooperação com as Delegacias de Costa Marques e Rolim de Moura, deflagrou na manhã desta sexta-feira uma operação integrada para cumprimento de quatro medidas cautelares, sendo três mandados de prisão preventiva e um mandado de busca e apreensão.
As ações ocorreram simultaneamente nos municípios de São Francisco do Guaporé, Rolim de Moura e Alvorada do Oeste, todas relacionadas à investigação de um homicídio ocorrido em 2023, que vitimou F.M.S.
Após meses de aprofundamento investigativo, o Serviço de Investigação e Capturas (SEVIC) da 1ª DP de São Francisco conseguiu elucidar integralmente o crime, identificando três indivíduos envolvidos diretamente na execução, praticada com extrema violência e requintes de crueldade.
A Polícia Civil de Rondônia, reconhecida nacionalmente como uma das instituições mais eficientes do país na elucidação de homicídios, reforça com mais esta operação seu compromisso constitucional com a segurança pública, assegurando justiça, paz e proteção aos cidadãos rondonienses.
Fonte: Assessoria da Polícia Civil
Polícia
Polícia Militar prende procurado por estupro de vulnerável no interior de RO
Um homem foi preso nesta segunda-feira (1º) em Tarilândia, distrito de Jaru (RO), após a Polícia Militar cumprir um mandado de prisão relacionado ao crime de estupro de vulnerável. A ação foi resultado de um trabalho integrado entre a Polícia Militar de Tarilândia e o Núcleo de Inteligência de Ariquemes.
De acordo com informações da PM, as equipes realizaram diligências previamente planejadas para localizar o suspeito. Após a abordagem, ele recebeu voz de prisão, passou por exame de corpo de delito e foi encaminhado à Unidade Prisional de Jaru, onde permanece à disposição da Justiça.
A operação reforça o compromisso das forças de segurança no combate a crimes graves na região. O mandado de prisão cumprido é o de número 7006336972023822000301000110.
Polícia
Condenado a 87 anos por homicídio é preso ao fugir pelo trilho do trem
Um foragido da Justiça, condenado a 87 anos e 3 meses de prisão por homicídio triplamente qualificado e roubo qualificado, foi capturado nessa segunda-feira (1º/12) por policiais militares do 4º BPM (Guará) no Distrito Federal. Ao perceber a aproximação da equipe, o criminoso tentou escapar pelo trilho do trem do Guará, mas foi rapidamente alcançado.
A PMDF chegou ao suspeito após informações do serviço de inteligência, que apontavam que ele estaria traficando na QE 40. Durante a fuga, o homem entrou em uma região de mata e, ao ser detido, ainda tentou enganar os policiais apresentando uma identidade falsa.
Na checagem dos dados nos sistemas de segurança, a equipe confirmou que havia um mandado de prisão em aberto contra ele.
O foragido foi encaminhado à 1ª Delegacia de Polícia para os procedimentos legais e cumprimento da ordem judicial.
Fonte: Metrópoles
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