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Polícia

Esquema, liderado pelo ex-deputado Tiziu Jidalias, “lavou” mais de R$ 190 milhões em extração mineral na terra Yanomami

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Foragido há 1 ano e 5 meses, após ter prisão decretada pelo juiz federal Victor Oliveira de Queiroz, o ex-deputado Tiziu Jidalias está no centro de um poderoso esquema organizado de extração ilegal de minério na Terra Indígena Yanomami no estado de Roraima, responsável pela lavagem de R$ 190.258.237,37 no ano de 2021. Apurado pela Polícia Federal, esse montante é alvo de bloqueio contra a White Solder Metalúrgica e Mineração Ltda, sediada em São Paulo, e um dos principais envolvidos Nelcides de Almeida Mello, vulgo Gabiru, amigo e parceiro de negócios de Tiziu, que também teve seu patrimônio enumerado e bloqueado pela Justiça.

Como os demais atores dos crimes de extração de recursos minerais, usurpação de bens da União, lavagem de capitais e Organização Criminosa, Tiziu tinha seu papel definido na quadrilha. Ele foi flagrado mantendo diálogos com Gabiru e outros criminosos do bando falando sobre a dificuldade de levar R$ 100 mil para pagamentos diversos, e o uso de seus maquinários na extração, lavagem e beneficiamento da cassiterita, cuja produção era cuidadosamente manipulada por pessoas físicas e jurídicas, além de cooperativas de garimpeiros, para dar a aparência de legalidade e tornar o “dinheiro lavado” viável no mundo jurídico. Tiziu aparece em outra interceptação telefônica cobrando um dos comparsas, Valdeci Aparecido Cardoso, o Keke, cobrando o pagamento de R$ 4 mil para cada líder indígena Yanomami. 

Keke aparece em imagens dizendo ser “dono” de um morro onde dezenas de garimpeiros retiravam o minério para revenda a cooperativas e, por fim, a “lavanderia oficial”, a gigante White Solder. Antes do dinheiro retornar, os criminosos usavam pessoas físicas para fazer elevados depósitos. Um gerente do Banco Itaú, Geison Cardoso Carvalho, com salário registrado de R$ 5.347,40, movimentou em 77 dias duas quantias: R$ 879.159,00 e outro de R$ 1.819.959,00. O dinheiro era creditado e imediatamente era pago a membros da Organização Criminosa. Um ex-servidor da Assembleia Legislativa de Roraima com vencimento de R$ 4 mil, recebeu mais de R$ 1 milhão em suas contas bancárias, também de origem suspeita do crime perpetrado pela quadrilha liderada por Tiziu Jidalias.

Foragido, mas operando em Roraima

Tiziu, visto em Ariquemes, desafia a Justiça e continua operando em Roraima. Sua pena pelos crimes de extração de recursos minerais; usurpação de bens da União; lavagem de capitais; e integrante de ORCRIM pode chegar a 24 anos de prisão. Em poder do Judiciário, após minuciosa investigação do Ministério Público e da Polícia Federal, há provas robustas do seu envolvimento desde o uso de maquinário para extração de cassiterita até o engenhoso esquema de lavagem do dinheiro para garantir os lucros da quadrilha.

Esquema, liderado pelo ex-deputado Tiziu Jidalias, “lavou” mais de R$ 190 milhões em extração mineral na terra Yanomami

Tiziu foi deputado estadual por Rondônia, e hoje ostenta o título de Cidadão Honorário por Ariquemes, em moção aprovada pela Câmara de Vereadores. Ele chegou a ser candidato a vice-governador na chapa liderada por João Cahulla, mas acabou derrotado pelo ex-governador e atual senador Confúcio Moura. Tiziu sempre atuou no ramo privado, trabalhando com revenda de peças e motocicletas, mas depois da política, passou à vida de crime, explorando terra indígena e se associando a outros criminosos para auferir lucros.

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Polícia

Influenciador ‘Gigante do Grau’ é executado a tiros – VEJA O VÍDEO

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O influenciador digital Renan Romero, de 32 anos, conhecido como Gigante do Grau, foi assassinado a tiros na tarde desta quarta-feira (19/11) em Ribeirão Preto (SP). Ele era famoso nas redes sociais por vídeos de motocicletas e manobras radicais.

O crime aconteceu por volta das 17h, na rua Renato Barillati, no Parque Ribeirão, zona oeste da cidade. Câmeras de segurança registraram o momento em que os atiradores se aproximam e disparam diversas vezes contra o influenciador.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), policiais militares encontraram Renan caído na via, já gravemente ferido. O Samu confirmou a morte ainda no local.

Testemunhas relataram que um carro preto parou próximo à vítima e que um dos ocupantes desceu rapidamente, efetuando vários disparos. Já outra linha apurada pela Polícia Civil aponta que os criminosos poderiam estar em uma motocicleta, armados, e surpreenderam Renan sem chance de defesa. Pelo menos oito a dez cápsulas foram recolhidas na cena.

Após os disparos, os autores fugiram e ainda não foram identificados. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento da execução: Renan é surpreendido pelos atiradores, que disparam repetidamente antes de escapar.

Renan acumulava cerca de 170 mil seguidores, com conteúdos sobre motos, manobras de “grau” e divulgações de jogos. Publicações temporárias feitas por ele pouco antes do crime ainda estavam ativas na manhã desta quinta-feira (20/11), quando amigos acessaram o perfil para informar sobre o velório.

Durante a manhã, dezenas de motociclistas realizaram um cortejo em homenagem ao influenciador pelas ruas de Ribeirão Preto.

A Polícia Civil instaurou inquérito e investiga a motivação da execução, trabalhando para identificar os suspeitos e esclarecer se o crime tem relação com sua atividade profissional, conflitos pessoais ou outras circunstâncias. VEJA O VÍDEO ABAIXO:

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Polícia

Passageira fica ferida após colisão entre motocicletas na zona leste

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Uma mulher ficou ferida após a colisão entre duas motocicletas na noite desta quinta-feira (20/11). O acidente aconteceu no cruzamento das ruas União e Mário Andreazza, no bairro São Francisco, zona Leste de Porto Velho (RO).

De acordo com informações apuradas pela equipe do Notícias Urgentes, uma das motos trafegava pela rua Mário Andreazza quando atingiu outra motocicleta que seguia pela rua União. Com o impacto, a passageira de uma das motos sofreu ferimentos e recebeu atendimento da equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

A Polícia Militar de Trânsito esteve no local e registrou a ocorrência.

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21 pessoas foram atendidas após incêndio na COP30

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O Ministério da Saúde informou, nesta quinta-feira (20), que 21 pessoas precisaram de atendimento médico após o incêndio que atingiu a área da Zona Azul da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém. As informações constam no boletim atualizado às 18h pelo Centro Integrado de Operações Conjuntas da Saúde (CIOCS), responsável pelo monitoramento e organização da assistência durante o evento.

Do total de atendidos, 19 apresentaram sintomas decorrentes da inalação de fumaça. Outras duas pessoas sofreram crises de ansiedade após o incidente. Não há registro de vítimas com queimaduras provocadas pelas chamas.

“O atendimento foi realizado de forma imediata e 12 pacientes já receberam alta. Os demais seguem assistidos nas unidades de saúde de Belém, incluindo um centro de referência para esse tipo de ocorrência”, informou o ministério por meio de nota.

As equipes de saúde municipal, estadual e federal permanecem mobilizadas, acompanhando o estado clínico dos pacientes e monitorando a evolução dos casos.

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