Geral
Adolescente de 16 anos morre após 12 dias internado com câncer raro em RO
O que parecia apenas um mal-estar se transformou, em poucos dias, em uma luta pela vida. Lázaro Vinícius, um adolescente de 16 anos, cheio de energia e sem histórico de doenças, foi internado no Hospital Regional de Cacoal (RO) e, em apenas 12 dias, teve sua vida interrompida por um câncer raro e agressivo: o linfoma de Burkitt.
Esse tipo de câncer é muito raro e cresce de forma extremamente rápida, o que torna o diagnóstico precoce essencial. No caso de Lázaro, a doença avançou tão depressa que os médicos tiveram dificuldade para identificar o que estava acontecendo a tempo.
Ingridy Mayara Prado, irmã de Lázaro Vinícius, contou que o irmão era saudável e que nunca apresentou problemas de saúde.
“O Lázaro dizia várias vezes no hospital que os médicos só saberiam o que ele tinha depois que ele se fosse. No dia 31 de março ele retornou pra casa, mas agora uma nova casa”, contou Ingridy.
Que câncer é esse?
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De acordo com o médico hematologista Wülgner Farias, o linfoma de Burkitt é um tipo raro, mas muito agressivo de câncer que atinge mais frequentemente crianças e jovens, principalmente meninos entre 5 e 25 anos. Ele se espalha muito rápido pelo corpo e, por isso, precisa ser tratado o quanto antes.
Esse tipo de linfoma costuma aparecer de forma repentina, afetando a mandíbula, os ossos do rosto, o abdômen e até órgãos como o fígado e o cérebro. Em alguns casos, pode causar caroços visíveis, inchaço no rosto, dor, perda de dentes e sangramentos, principalmente se atingir a medula óssea e diminuir as plaquetas do sangue.
“A velocidade de duplicação das células tumorais é altíssima – uma das mais rápidas entre todos os tipos de câncer. Em poucos dias ou semanas, ele pode crescer de forma exponencial. Por isso, cada dia conta. Essa agressividade torna essencial iniciar o tratamento imediatamente após o diagnóstico”, explicou o médico.
Ainda segundo o médico, é fundamental procurar um especialista assim que aparecerem sintomas estranhos. Só um profissional pode pedir os exames corretos, entender os resultados e começar o tratamento o mais rápido possível.
“Esquemas de imuno-quimioterapia altamente intensiva, muitas vezes com internação hospitalar prolongada, podendo ocorrer algumas complicações. Quando o diagnóstico é precoce as chances de cura são altas – acima de 80% em alguns casos. Mas é uma corrida contra o tempo”, disse.
Quem era Lázaro?
Para Ingridy, que se considera uma “irmã coruja”, o irmão sempre foi um jovem saudável e só precisou ir ao hospital uma única vez, quando caiu de um balanço e precisou levar pontos. Os irmãos sempre foram muito apegados, convivendo durante toda a infância, até que Ingridy se mudou para os Estados Unidos.
Lázaro era morador da cidade de Rolim de Moura (RO) e tinha como paixão o futebol, que praticava desde os quatro anos de idade. A conexão entre os irmãos continuava forte apesar da distância, eles conversavam diariamente e faziam planos.
“Quando me mudei para os Estados Unidos, ele tinha 15 anos […] ele estava ansioso para ir também um dia. Me ligava, me mandava mensagens sempre. Nossa conexão sempre foi muito forte, mesmo com a distância”, relembra Ingridy
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O drama repentino
O que parecia estar tudo bem começou a mudar no início de 2025. O adolescente fazia planos para a visita da irmã quando começou a sentir dores, após uma queda de bicicleta que resultou em um ferimento no lábio, nada muito grave. No dia seguinte, ele passou a sentir dores intensas na região do rosto.
A família inicialmente suspeitou de um dente inflamado, mas essa hipótese foi descartada após uma consulta médica. O diagnóstico preliminar apontou a possibilidade de uma inflamação em um dos nervos.
Após 15 dias, Lázaro foi atendido por um neurologista, mas as dores continuavam. Devido à intensidade, ele precisou ser internado para observação. Segundo a irmã, ele começou a tomar medicamentos fortes, mas não apresentava melhoras. Estava cada vez mais fraco e já havia perdido cerca de 10 quilos.
O estado de saúde de Lázaro se agravava. Ingridy conta que ele deu entrada no hospital com as plaquetas em 37 mil, mas os níveis continuaram caindo dia após dia, chegando a 20 mil. Apesar dos exames realizados pelos médicos, o diagnóstico seguia incerto e ninguém sabia o que estava acontecendo.
“Isso foi deixando ele mais ansioso, mas ele não perdeu a fé nem por um minuto. Tomou muitas e muitas ampolas de morfina para aliviar a dor, mas o efeito era passageiro. Em poucas horas, a dor voltava”, relembra a irmã.
Mesmo com a reposição de plaquetas e a realização de três biópsias na medula óssea, no couro cabeludo e na região do pescoço, onde havia um inchaço, Lázaro não apresentava sinais de melhora. Seu quadro só piorava. Ele voltou a sentir fortes dores e passou a ter sangramentos pela gengiva, pelo nariz e vômitos.
No sábado, 29 de março, o estado de Lázaro piorou rapidamente. Com falta de ar, foi atendido por médicos da UTI e transferido às pressas após ser diagnosticado com sepse, uma infecção grave contraída no hospital. Em estado gravíssimo, tinha plaquetas muito baixas, sangramentos e piora acelerada.
Antes de ser levado para a UTI, ele conseguiu conversar com a família e se despediu, ainda consciente. No domingo, 30 de março, pela manhã, sofreu uma parada cardíaca de 15 minutos, mas respondeu aos medicamentos. À tarde, já em coma induzido e respirando por aparelhos, chegou a perder parte dos dentes saudáveis, algo sem explicação, já que o diagnóstico ainda não havia sido definido.
Naquela noite, o hospital comunicou uma nova parada cardíaca, dessa vez de 30 minutos. Lázaro não resistiu. Morreu após 12 dias internado, de forma repentina, deixando a família sem respostas sobre o que tirou a vida do jovem.
A irmã contou que Lázaro costumava dizer que “faria história”, embora, na época, ela não entendesse o motivo. Depois de tudo o que o irmão enfrentou, Ingridy diz que passou a compreender o significado dessa frase.
“Entendemos que nem sempre a vontade de Deus é a mesma que a nossa. Mas hoje, depois de saber o diagnóstico do meu irmão, temos gratidão por ele ter convivido com a gente por 16 anos saudáveis e felizes. Ele passou todos esses anos sem nenhum sintoma do câncer que estava nele desde o ventre. Ele praticou o esporte com muita garra e paixão, conheceu um número grande de pessoas e, em cada uma delas, ficou guardado de forma especial. Ele era evoluído mentalmente desde criança, ele foi amado, foi visto, vai ser sempre lembrado”, finaliza Ingridy.
G1
Geral
Ex-editora do Jornal da Globo é presa em flagrante por racismo
Uma mulher identificada como Mônica da Mota Soares Malta foi presa em flagrante na madrugada desta sexta-feira (19/12), no Rio de Janeiro, suspeita de injúria racial contra funcionários que trabalhavam em um evento na Cidade Nova, região central da cidade.
Mônica Malta é jornalista e, no LinkedIn, se identifica profissionalmente como editora na TV Globo – a emissora informou que ela não é mais funcionária da empresa (veja abaixo). Ela era a editora responsável pelo Rio de Janeiro, no telejornal apresentado por Renata Lo Prete. Inclusive, seu nome aparecia nos créditos do programa até o dia 15 de dezembro.
Procurada por este colunista, a TV Globo informou, por meio de nota, que ela não é mais funcionária da empresa. “A profissional não é mais contratada da Globo”, diz o comunicado.
Mônica também já trabalhou na equipe do Jornal Nacional, na redação da emissora no Rio.
Como ocorreu o crime
Segundo apuração deste colunista, a mulher participava de uma festa de formatura de alunos do Ensino Médio de uma escola particular. O caso teria ocorrido por volta das 5h30, já no fim do evento, após funcionários informarem que o banheiro do espaço estava fechado.
A suspeita insistiu em utilizar o banheiro e chegou a ameaçar agredir uma funcionária. Durante a discussão, teria proferido ofensas racistas contra um segurança, chamando-o de “macaco”.
Os envolvidos foram levados para a delegacia da região, onde o caso foi registrado. Em nota enviada à coluna, a Polícia Civil informou que a ocorrência foi registrada na 19ª DP (Tijuca) e que a mulher foi presa em flagrante pelo crime de racismo.
Mônica afirmou em depoimento que havia ingerido bebida alcoólica e feito uso de medicamento controlado antes do ocorrido.
Metrópoles
Geral
MPRO obtém decisão que garante acesso a prontuários médicos para investigações
O Ministério Público de Rondônia (MPRO) obteve decisão judicial que reconhece o direito da instituição de requisitar diretamente prontuários médicos às unidades de saúde estaduais, quando a medida for necessária para instruir investigações criminais. A sentença foi proferida pela 2ª Vara de Fazenda e Saúde Pública de Porto Velho e julgou procedente ação proposta pelo MPRO.
A decisão declarou ilegal a orientação administrativa da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) que condicionava o fornecimento de prontuários médicos à apresentação de ordem judicial. Para o Judiciário, a exigência imposta pelo Estado restringia indevidamente as atribuições constitucionais do Ministério Público.
Ao analisar o caso, o juiz considerou que o acesso a prontuários médicos pelo MPRO, quando vinculado a procedimentos investigatórios formais, não configura quebra de sigilo, mas transferência de sigilo entre órgãos públicos igualmente obrigados a preservar a confidencialidade das informações.
A sentença destacou que a Constituição Federal e as leis orgânicas do Ministério Público asseguram o poder requisitório da instituição, inclusive para documentos sigilosos, desde que o uso seja legítimo e fundamentado. O magistrado também ressaltou que a Lei Geral de Proteção de Dados não se aplica às atividades de investigação penal.
Determinações
Com a decisão, o Estado de Rondônia deverá orientar todas as unidades de saúde estaduais a atenderem às requisições do MPRO para acesso a prontuários médicos, sem exigir autorização judicial prévia. A Sesau terá prazo de 15 dias para atualizar suas orientações internas e comunicar oficialmente os órgãos da rede estadual de saúde. O descumprimento da decisão pode resultar em sanções previstas em lei, incluindo responsabilização administrativa.
Direito protegido
A decisão reforça o direito da sociedade à efetiva investigação penal. O MPRO atua para assegurar que crimes sejam apurados de forma eficiente, respeitando o sigilo das informações e garantindo a proteção de vítimas e da coletividade.
Gerência de Comunicação Integrada (GCI)
Geral
Vila Calderita registra suspensão de energia elétrica desde a madrugada
Dezenas de moradores da vila Calderita, destino turístico localizado a cerca de 40 quilômetros de Porto Velho, estão notificando a concessionária Energisa em busca de solução para a falta de energia elétrica, que teve início às 2 horas da manhã desta sexta-feira (19). Funcionários da empresa foram vistos trabalhando na reestruturação das redes que abastecem a região, sem qualquer aviso prévio sobre a suspensão do fornecimento.
Segundo informações apuradas pela equipe Notícias Urgentes, a interrupção no fornecimento teria sido motivada por ajustes e reparos emergenciais na rede elétrica, mas moradores reclamam da falta de comunicação por parte da concessionária, que ainda não informou previsão para religação do serviço.
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