Polícia
Advogada sofre deformações no rosto após procedimento estético; cirurgiã-dentista é ré por lesão corporal gravíssima
Um procedimento estético realizado no consultório de uma cirurgiã-dentista resultou em 12 dias de internação e deformações no rosto da advogada Eloah Teixeira Carneiro Lins, de 56 anos.
A cirurgiã-dentista Cynthia Heckert Brito foi indiciada pela 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes) e, no início de dezembro, denunciada pelo Ministério Público pelos crimes de lesão corporal grave e lesão corporal gravíssima.
O juiz da 28ª Vara Criminal do Rio aceitou a denúncia, tornou Cynthia ré e determinou a suspensão das atividades profissionais dela com harmonização facial até o trânsito em julgado do processo.
“Constata-se haver justo receio de que a continuidade do exercício da profissão da acusada propicie a prática de novas lesões à integridade física, à saúde e à vida de terceiros”, disse o juiz Antônio Alves Cardoso Júnior.
Procurada, Cynthia Heckert Brito afirmou, através de sua defesa, “que prestou todo o suporte necessário à paciente, acompanhou o ocorrido e acreditava que a situação havia sido resolvida de maneira adequada.”
Ela disse que vai recorrer da decisão judicial, que considera desproporcional e que viola a presunção de inocência.
À polícia, Cynthia disse que o que aconteceu com Eloah foi uma “intercorrência”, com risco “inerente a qualquer procedimento cirúrgico”, e que a paciente estava ciente desses riscos.
O procedimento
A platismoplastia, também chamada de lipo de papada, foi realizada no dia 25 de novembro de 2024. O objetivo é levantar a pele do pescoço para rejuvenescimento da área. Eloah diz que os problemas começaram já no dia seguinte à cirurgia.
“No dia seguinte, 7 e meia da manhã, eu já mandei a primeira foto para ela, com o meu rosto muito inchado e ficando preto, enegrecido aqui perto da boca. Eu falei assim: ‘Cinthia, tem alguma coisa acontecendo, não está certo’. Ela: ‘não, você é muito branquinha, isso vai passar’”, relatou.
A situação não melhorou. Dois depois, Eloah foi ao consultório de Cynthia, na Avenida das Américas, ainda mais angustiada.
“Voltei já com o rosto muito preto aqui, no ouvido, no rosto, descendo para o peito. Horrível, parecendo um monstro. E ela me cobrou R$ 200 por uma drenagem”, relatou a advogada, que afirmou que Cynthia não cumpriu o prometido durante a platismoplastia.
“Para você ancorar essa musculatura, ela é colocada um fio à direita e um fio à esquerda para sustentar essa musculatura. No meu caso, ela nem isso fez. Existe um fio que está solto, tem um resto de material que eu preciso fazer uma reabilitação para retirar. Mas ela não costurou nem o platismo e não colocou o fio do outro lado”, enumerou a advogada.
Uma dentista vizinha alertou Eloah de que algo estava errado e a levou para o Hospital Rios D’Or.
No hospital, a paciente ficou ainda mais chocada ao descobrir que corria risco de vida devido aos ferimentos causados pelo procedimento.
” A médica chegou para mim, para o meu marido, e falou: ‘O seu caso é extremamente grave, A senhora está indo para o CTI agora. A senhora está com risco de vida. A senhora tem família, pai, filho? Chama, porque eu acho importante eles falarem com a senhora’. O hospital tinha quase certeza que eu não iria sobreviver.”
Durante a internação, Eloah afirmou que Cynthia foi ao hospital duas vezes e teria dito que os problemas após a platismoplastia se deveram a uma “intercorrência”.
Quando a advogada pediu o dinheiro de volta à Cynthia, ela relata ter recebido um contrato genérico que a impedia de falar sobre o caso novamente.
“Ela vai e me manda um contrato com cláusula de mordaça, dizendo que devolveria o meu dinheiro, e eu estaria impedida de falar para qualquer pessoa o que aconteceu e de representá-la criminalmente”, disse Eloah.
Segundo ela, já foram gastos altos valores em outros procedimentos para corrigir os danos causados pela platismoplastia, que poderia ter lhe custado a vida.
“Toda a dor que eu tive, tudo que eu passei, eu tenho que transformar essa dor em força para que outras mulheres não cometam o erro que eu cometi, não procurem uma pessoa desqualificada para esse tipo de procedimento”, alertou.
A denúncia do MP destaca que a cirurgia está fora do escopo da odontologia e que a denunciada agiu de forma consciente ao realizar o ato, além de apontar imperícia na execução do procedimento.
A falha na colocação de fios de sustentação provocou um hematoma extenso que comprometeu a base da língua e as vias aéreas, levando a vítima à internação em CTI com risco de morte.
O Ministério Público concluiu que a conduta de Cynthia revela dolo eventual e um padrão de comportamento perigoso para outros pacientes.
“A imperícia demonstrada, somada à atitude de dolo eventual na condução do caso da vítima, revela um padrão de comportamento profissional que oferece um risco concreto e iminente à saúde e à vida de outros potenciais pacientes, pois, pelo que diz a acusada, e segundo seu entendimento, continua e continuará exercendo tais práticas ao arrepio das normas técnicas dos órgãos profissionais de controle”, diz um trecho da denúncia assinada pelo promotor Eduardo Paes Fernandes.
O MPRJ pediu a condenação da cirurgiã dentista, além de uma indenização mínima de R$ 200 mil à vítima. A promotoria também solicitou a suspensão imediata da atuação da profissional em procedimentos de harmonização facial até o julgamento final da ação penal.
“Ela precisa parar. Eu já fui ao Conselho Regional de Odontologia, já fiz o registro, eu não sei por que essa pessoa que me operou ainda está exercendo essa função”, disse Eloah.
Na última semana, a Justiça atendeu ao pedido do Ministério Público e suspendeu a atuação de Cynthia em procedimentos de harmonização.
Atualmente, tramita no 9º Juizado Especial Criminal do Rio um processo contra Cynthia por falso exercício da medicina. Ela nega a acusação e afirma ter formação para atuar em procedimentos estéticos regulamentados pelo Conselho Federal de Odontologia.
Conselhos respondem
Uma nota conjunta dos Conselhos Regional e Federal de Odontologia enviada ao g1 esclareceu a posição dos órgãos sobre a platismoplastia. De acordo com o comunicado, o procedimento não está incluído na lista de técnicas reconhecidas para a harmonização orofacial.
Nota de defesa da dentista:

“A Dra. Cynthia Heckert Brito é cirurgiã-dentista, com mais de 15 anos de atuação profissional, 10 anos de especialização cirúrgica, especialista em harmonização orofacial e cirurgia estética da face, inclusive com formação específica para o manejo de intercorrências, que são complicações possíveis e reconhecidas na literatura médica e odontológica.
No caso recentemente divulgado, o que ocorreu com a paciente foi, de fato, uma intercorrência clínica, situação que pode acontecer mesmo quando o procedimento é realizado de forma correta, técnica e dentro dos protocolos exigidos. Esse tipo de evento não decorre necessariamente de erro profissional, mas de fatores individuais do próprio organismo do paciente, que nem sempre podem ser previstos ou controlados.
É importante esclarecer que até o presente momento a Dra. Cynthia não foi formalmente citada de qualquer decisão definitiva que determine sua suspensão profissional. Eventual medida nesse sentido, caso venha a ser confirmada, será devidamente questionada pela defesa, por ser considerada desproporcional e por violar um princípio básico do Estado de Direito: a presunção de inocência, já que não há culpa comprovada.
Quanto à internação da paciente em CTI, trata-se de uma conduta médica preventiva, adotada com o objetivo de preservar a vida e garantir segurança total. A decisão sobre a necessidade e duração dessa internação cabe exclusivamente à equipe médica que acompanhou o caso, e reflete cautela e zelo, não gravidade irreversível. Ressalte-se que a paciente não apresentou sequelas permanentes, o que demonstra que a intercorrência foi controlada e revertida.
Sobre o procedimento realizado, o Conselho Federal de Odontologia reconhece que ele pode ser executado por cirurgiões-dentistas dentro dos limites legais da atuação profissional, que abrangem cabeça e pescoço. Inclusive, o Conselho Regional de Odontologia do Rio de Janeiro (CRO-RJ) já se manifestou oficialmente, por meio de ofício, confirmando que a Dra. Cynthia atua dentro de sua competência legal e técnica.
O consultório continua em atividade, pois está regular sem nenhuma pendência dos órgãos sanitários.
A Doutora não responde a nenhum processo de exercício ilegal da medicina, até mesmo por não ser realizado pela profissional nenhum ato que configure ato médico, todos os procedimentos realizados por ela são dentro de sua competência, área de atuação e regulamentados pelo seu Conselho de Classe, qual seja o CFO.
A profissional recebe com surpresa e indignação a forma como o caso vem sendo exposto publicamente. Ela prestou todo o suporte necessário à paciente, acompanhou o ocorrido e acreditava que a situação havia sido resolvida de maneira adequada, inclusive porque não houve retorno posterior da paciente nem registro de sequelas.
A exposição pública da profissional, antes de qualquer apuração definitiva, tem causado danos emocionais, profissionais e reputacionais, gerando um transtorno que ultrapassa os limites do razoável. A Dra. Cynthia reforça seu compromisso com a ética, a segurança dos pacientes e a transparência, e se coloca à disposição para prestar todos os esclarecimentos necessários, confiando que os fatos serão analisados com responsabilidade e justiça.”
Fonte: G1
Polícia
Pastor é preso acusado de matar jovem e jogar corpo em rio usado para batismo
Um pastor evangélico de 46 anos foi preso nesta terça-feira (16), em Boa Vista (RR), suspeito de envolvimento na morte de Ana Paula Oliveira da Silva, de 23 anos, que trabalhava como pescadora. De acordo com a Polícia Civil, o corpo da jovem teria sido jogado no rio Cauamé, local conhecido por ser utilizado para batismos religiosos.
A prisão de Andreson Bezerra de Carvalho ocorreu durante a Operação Arcanum, coordenada pela Delegacia Geral de Homicídios (DGH), com apoio da Inteligência da Polícia Militar, do Departamento de Inteligência (Deint) da Secretaria de Segurança Pública (Sesp), da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) e da Guarda Civil Municipal (GCM).
Ana Paula foi encontrada morta no dia 7 de novembro, sem roupas e com o corpo preso a galhadas às margens do rio Cauamé. Inicialmente, o caso foi tratado como morte por afogamento, mas o avanço das investigações levou a Polícia Civil a reclassificar o crime como feminicídio.
Segundo os investigadores, elementos colhidos durante a apuração apontaram inconsistências que afastaram a hipótese de acidente.
Durante as investigações, a polícia apurou que o pastor frequentava ambientes com consumo de bebidas alcoólicas e prostituição, comportamento considerado incompatível com a função religiosa que exercia, o que levantou suspeitas sobre sua conduta.
Em depoimento, Andreson afirmou que conheceu Ana Paula em um bar no bairro Pintolândia. Segundo ele, após o encontro, a jovem teria pedido uma carona. O suspeito relatou ainda que os dois pararam para comprar bebidas alcoólicas antes de seguirem em direção à região do rio Cauamé.
O pastor declarou à polícia que deixou a jovem próxima à entrada da área do rio, alegando que ela seria usuária de drogas. Ele afirmou que foi embora em seguida, que não presenciou nenhum crime e que havia outras pessoas no local, as quais não conhecia.
Apesar da prisão, Andreson nega envolvimento no homicídio. À Polícia Civil, ele sustentou que apenas deixou Ana Paula nas proximidades do rio e que não retornou ao local.
As investigações continuam, e a polícia trabalha agora para esclarecer a dinâmica da morte, apurar a real motivação do crime e reunir provas técnicas que possam confirmar ou refutar a versão apresentada pelo suspeito.
O caso segue sob responsabilidade da Delegacia Geral de Homicídios, com acompanhamento da Delegacia da Mulher, devido à tipificação como feminicídio.
*Com informações do Metrópoles
Polícia
Brasileira morre após inalar gás de aquecedor na Alemanha; filhos estão em abrigo
Uma brasileira identificada como Luciana Soares da Silva, de 41 anos, natural de Pernambuco, morreu após inalar gás que vazou de um aquecedor na casa onde morava, na cidade de Cölbe, na Alemanha. O caso ocorreu na madrugada de segunda-feira (15).
Segundo informações repassadas por familiares, Luciana estava no pavimento térreo do imóvel no momento do vazamento. No andar superior estavam os dois filhos e o companheiro, de nacionalidade alemã. Eles foram socorridos, encaminhados a um hospital e receberam alta médica. Luciana, no entanto, não resistiu.
Em entrevista, a filha mais velha da vítima, Larissa Kevlyn Sares da Silva, que mora no Recife, afirmou que a família passou a desconfiar de que algo havia ocorrido após perder contato com Luciana. De acordo com ela, era habitual receber mensagens da mãe logo nas primeiras horas da manhã, em razão do fuso horário entre Brasil e Alemanha.
“A última vez que conseguimos contato foi no domingo. Na segunda-feira, estranhei porque sempre acordava com mensagens dela. Passamos o dia inteiro tentando falar e não conseguimos”, relatou.
Ainda segundo Larissa, familiares tentaram contato com o companheiro de Luciana, com o filho dele de outro relacionamento e com as crianças, sem sucesso. O primeiro retorno ocorreu apenas na manhã de terça-feira (16), quando Larissa conseguiu falar rapidamente com o companheiro da mãe, que estava internado em uma UTI.
“Ele estava muito sedado, mas conseguiu dizer que tinha acontecido uma tragédia, que as crianças estavam bem e que minha mãe havia morrido”, afirmou.
Conforme relato repassado à família, Luciana estava próxima à lareira no momento do vazamento do gás responsável pelo aquecimento da residência. A informação inicial indica que o gás teria se espalhado pelo imóvel, atingindo primeiro a vítima, que teria perdido a consciência antes da chegada dos bombeiros. O companheiro também teria passado mal após acionar o socorro.
Até o momento, a família afirma não ter recebido comunicação oficial direta das autoridades alemãs. As informações foram repassadas pelo companheiro da vítima e pelo Consulado-Geral do Brasil em Frankfurt, que informou que o caso está sob investigação da polícia local.
Luciana vivia na Alemanha com os filhos Kauã Emanuel Soares da Silva, de 8 anos, de um relacionamento anterior, e Maria Khatarina Soares da Silva, de 2 meses, filha do companheiro atual. No momento do vazamento, as crianças estavam no andar superior da casa, o que reduziu a exposição ao gás.
Após o ocorrido, os dois filhos foram encaminhados para um abrigo. Segundo a família, ambos estão no mesmo local, informação confirmada pelo consulado, mas os parentes relatam angústia pela falta de contato direto com as crianças.
A situação da guarda preocupa os familiares, principalmente no caso da bebê. De acordo com Larissa, Maria possui dupla nacionalidade, mas o vínculo de filiação com o pai ainda não havia sido oficialmente reconhecido, o que pode gerar entraves legais.
Luciana havia se mudado de forma definitiva para a Alemanha em janeiro deste ano, após obter o visto e autorização para matricular o filho mais velho na escola. Antes disso, realizava viagens temporárias ao país.
Sem parentes na Alemanha, a família enfrenta dificuldades financeiras. Segundo os familiares, a repatriação do corpo pode custar cerca de R$ 100 mil. Diante disso, foi criada uma vaquinha online e disponibilizada uma chave Pix para arrecadar doações.
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores, por meio do Consulado-Geral do Brasil em Frankfurt, informou que tem conhecimento do caso e que está prestando a assistência consular cabível à família.
Polícia
Mulher é presa por furto de cosméticos em farmácia na zona Sul de Porto Velho
Na manhã desta sexta-feira (19), uma mulher de 43 anos foi presa por policiais militares do 9º Batalhão (9º BPM) após furtar produtos de beleza e cosméticos em uma farmácia localizada na Avenida Jatuarana com a Rua Geraldo Siqueira, no bairro Caladinho, zona Sul de Porto Velho. Entre os itens levados estavam shampoos, condicionadores, cremes e escovas.
Segundo informações apuradas pela equipe Notícias Urgentes, a suspeita foi flagrada pelas câmeras de monitoramento da loja. Ao perceber que estava sendo observada, ela tentou deixar o estabelecimento com os produtos furtados, mas foi contida por um funcionário até a chegada da Polícia Militar.
A mulher foi conduzida ao Departamento de Flagrantes da Polícia Civil, onde permaneceu à disposição da Justiça.

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