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Política

Câmara aprova regras para proteção de crianças na internet

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A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (20) o projeto sobre a proteção de crianças e adolescentes em ambientes digitais. Com mudanças, o texto agora retornará para a análise do Senado, onde foi aprovado no fim do ano passado.

A proposta cria regras para a garantia de direitos e proteção de menores de idade na internet. Para isso, estabelece diretrizes e obrigações para as plataformas digitais. A urgência da matéria foi aprovada pelos deputados na terça-feira (19), o que permitiu acelerar a sua análise.

O relator, deputado Jadyel Alencar (Republicanos-PI), incluiu na ementa da proposta a expressão “ECA digital”, em referência ao Estatuto da Criança e do Adolescente.

O tema da “adultização” ganhou destaque no debate público após denúncias feitas pelo youtuber e influenciador Felipe Bressanim Pereira, Felca, sobre conteúdos nas redes sociais que expõe a sexualização de menores de idade.

De autoria do senador Alessandro Vieira (MDB-SE), o texto chegou à Câmara em dezembro de 2024.Entre outras medidas, a matéria estabelece ações em prol do controle parental, proteção de dados, publicidade digital, filtros de conteúdo, como classificação etária de conteúdos; proíbe técnicas de perfilamento para direcionar publicidade a crianças e adolescentes.

Punições

São previstas na proposta punições para empresas em caso de descumprimentos das novas regras. As possíveis penalidades incluem:

  • advertência, com prazo de 30 dias para medidas coercitivas;
  • multa simples de até 10% do faturamento do grupo econômico no Brasil ou multa de R$ 10 até R$ 1.000 por usuário cadastrado no provedor, com limitada de R$ 50 milhões por infração;
  • suspensão temporária das atividades;
  • e proibição de exercício das atividades.

Pelo texto, os valores recebidos em função das multas aplicadas serão destinados ao Fundo Nacional para a Criança e o Adolescente.

Alterações ao texto

A bancada do PL, oposição e minoria orientaram pela aprovação após o relator acatar sugestões. Um dos itens de discordância alterados estava na criação de autoridade nacional para aplicações de punições, por deputados verem brecha para possível vigilância do Executivo.

No novo texto, agora é previsto que será uma “autoridade administrativa autônoma” criada por lei e que deverá observar as normas previstas na Lei das Agências Reguladoras.

Em atenção a emendas apresentadas por deputados de oposição e sugestões das big techs, o relator ainda suprimiu a expressão de “dever de cuidado” do texto.

“Entendemos que essa situação pode abrir espaço para interpretações amplas e imprecisas, resultando em exigências desproporcionais às plataformas, como o monitoramento prévio generalizado de conteúdos e, consequentemente, provocando insegurança jurídica”, justificou.

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Política

Assembleia Legislativa autoriza cerca de R$ 3 milhões para a Defensoria Pública do Estado

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A Assembleia Legislativa de Rondônia (Alero) aprovou a destinação de aproximadamente R$ 3 milhões à Defensoria Pública do Estado (DPE). A votação do projeto ocorreu durante a sessão ordinária realizada na terça-feira (18).

O Projeto de Lei 1201/2025 autoriza o Poder Executivo a abrir crédito adicional suplementar, com base em superávit financeiro, até o valor de R$ 2.894.553,22, em favor da DPE, no orçamento referente ao exercício de 2025.

A proposta tem como objetivo a alocação de recursos oriundos do superávit financeiro do exercício de 2024, vinculados à Defensoria, para viabilizar o pagamento de benefícios especiais a membros e servidores, que optaram pela migração de regime previdenciário.

Conforme o governo, a disponibilização desse crédito orçamentário é relevante, pois tem o propósito de garantir a execução das obrigações previdenciárias e financeiras do estado, assegurando o cumprimento das normas legais, a manutenção do equilíbrio atuarial e a continuidade dos compromissos assumidos com os beneficiários do regime previdenciário.

As sessões da Assembleia Legislativa podem ser acompanhadas presencialmente ou pelos canais da TV Assembleia (7.2) e YouTube. Mais informações sobre os projetos e as votações estão disponíveis no Sistema de Apoio ao Processo Legislativo (Sapl)e no site oficial da Alero.

Fonte: Secom/ALERO

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Política

Deputada Cristiane Lopes vota favorável ao Projeto que endurece o Combate às Organizações Criminosas no Brasil

O PL 5582/2025 é aprovado na Câmara com apoio da deputada que reforça compromisso com a segurança das famílias brasileiras.

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A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (19), o Projeto de Lei 5582/2025, conhecido como Antifacção, que estabelece um novo marco legal no enfrentamento ao crime organizado no Brasil. Com ampla maioria, 370 votos a favor, 110 contra e três abstenções, o marco legal segue agora para análise no Senado Federal.

A deputada federal Cristiane Lopes votou favoravelmente ao texto e destacou a importância da medida para fortalecer a proteção das famílias e ampliar a segurança pública em todo o país.

“A aprovação representa um passo firme e necessário, afirmando que votou a favor por acreditar que o Brasil precisa de leis mais fortes e eficazes para combater o crime organizado. Meu compromisso é proteger as famílias brasileiras e garantir mais segurança, dignidade e paz para todos”, reforçou.

O PL cria novos crimes, endurece penas, amplia instrumentos de investigação e estabelece regras mais rígidas para líderes de facções criminosas. Entre as medidas, está à punição de 20 a 40 anos de reclusão para quem bloquear vias com barricadas, prática comum em áreas dominadas por organizações criminosas. O texto também aprimora mecanismos de inteligência, fortalece a atuação policial e moderniza procedimentos de investigação.

Para Cristiane Lopes, o projeto representa um avanço indispensável, pois reforça o combate ao crime organizado, aprimora ferramentas de investigação, fortalece a segurança pública e protege famílias, jovens e comunidades.

“A sociedade clama por justiça e por ações firmes contra o crime, reitero que seguirei trabalhando com coragem, responsabilidade e fé para construir um Brasil mais seguro e justo para todos”, finalizou.

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Política

Câmara diz que não foi informada sobre saída de Ramagem do país

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A Câmara dos Deputados informou nesta quinta-feira (20) que a Casa não foi comunicada sobre a saída do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) do país.

A manifestação foi divulgada após o site PlatôBR informar que Ramagem está em Miami, nos Estados Unidos. Ele foi filmado pela equipe do site enquanto entrava em um condomínio da cidade norte-americana.

Ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Bolsonaro, Ramagem foi condenado na ação penal da trama golpista a 16 anos de prisão e recorre em liberdade.

Durante a investigação, Ramagem foi proibido pelo ministro Alexandre de Moraes de sair do país e teve que entregar todos os passaportes nacionais e estrangeiros.

Segundo a Câmara, a presidência da Casa, que é exercita pelo deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), não foi comunicada sobre o afastamento do parlamentar do território nacional e nem autorizou nenhuma missão oficial de Ramagem no exterior.

A Casa também informou que o deputado apresentou atestados médicos que abrangem os períodos entre 9 de setembro e 8 de outubro e 13 de outubro a 12 de dezembro.

Prisão

Ontem, deputados federais da bancada do PSOL-RJ pediram ao Supremo Tribunal Federal (STF) a decretação da prisão do parlamentar.

Segundo os deputados, “tudo indica” que Ramagem fugiu do Brasil. A prisão foi solicitada pelos deputados Pastor Henrique Vieira, Glauber Braga, Chico Alencar, Tarcísio Motta e Talíria Petrone.

A suposta fuga do deputado ocorre no momento em que se aproxima o fim da tramitação da ação do golpe e a execução das penas do deputado e dos demais réus, entre eles, o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Na semana passada, os réus do Núcleo 1 tiveram os recursos contra a condenação negados pela Primeira Turma da Corte.

Com a decisão, as defesas devem protocolar nos próximos dias os últimos recursos para evitar o cumprimento imediato das condenações.

A defesa de Ramagem informou que não vai se pronunciar. 

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