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TCE-RO fiscaliza hospital e unidades de saúde no fim de semana na capital

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As permanentes inspeções do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE-RO) seguiram, na tarde deste sábado (11/1), em unidades de pronto-atendimento (UPAs) de Porto Velho e no Hospital João Paulo II, o maior hospital público do estado. O objetivo é melhorar o atendimento à população, que depende do Sistema Único de Saúde (SUS). O trabalho acontece após ações realizadas na véspera de Natal, no Ano-Novo e no primeiro domingo de 2025.

Destaque positivo para a melhora do atendimento e do serviço dos profissionais de saúde, conforme depoimentos dos próprios pacientes e usuários. No entanto, a equipe de auditoria do TCE-RO detectou novos problemas: insuficiência de profissionais para atendimento, falta de insumos e medicamentos, estruturas precárias e até uma obra parada, há mais de 30 dias no João Paulo II.

DA REALIDADE À SOLUÇÃO

As inspeções vão além do papel técnico. Quando o TCE-RO avalia as condições das unidades de saúde, verifica o estoque de medicamentos ou acompanha o atendimento, a finalidade é promover um serviço digno, eficiente e acessível a todos.

Para o presidente do Tribunal, Wilber Coimbra, essa fiscalização é uma ferramenta poderosa. “Nosso trabalho é garantir que os recursos públicos gerem resultados reais para a população, corrigindo falhas e induzindo boas práticas”, afirma.

O Conselheiro Wilber Coimbra acrescentou que as inspeções são “uma ferramenta essencial para monitorar a execução das políticas públicas de saúde e para induzir melhorias concretas, assegurando que os serviços de saúde estejam alinhados às necessidades e aos direitos da população”.

OBRA PARADA NO JOÃO PAULO II

No Pronto-Socorro João Paulo II, um problema: há uma obra paralisada, há mais de 30 dias. O local vira reduto para moradores de rua, trazendo transtornos para pacientes e profissionais de saúde.

Novamente, há falta de médico cirurgião. Dos três profissionais previstos na escala, apenas dois estavam atendendo no hospital. O TCE-RO também se deparou com pacientes internados em corredor, assim como as instalações com portas, banheiros e outros ambientes em situação precária. Ainda no João Paulo, os usuários reclamaram da alimentação oferecida aos pacientes e a falta de ar-condicionado na recepção do hospital.

CRM ACOMPANHOU A FISCALIZAÇÃO

A ação do TCE-RO foi acompanhada pelo presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM), Lucas Sobral. Ele também constatou problemas, como falta de insumos, medicamentos e exames. “O CRM busca garantir a segurança do paciente e dos médicos, que fazem o atendimento aqui, no hospital”, disse.

USUÁRIOS ELOGIAM TCE

Usuários, que esperavam por atendimento, destacaram a atuação do TCE e do CRM na melhoria do serviço. “Muito obrigado. Com a chegada de vocês, meu marido já vai para a cirurgia e estou muito feliz”, disse Lindinaura, que acompanhava o marido Pedro, no João Paulo II.

NA POLICLÍNICA ANA ADELAIDE, FALTAM MÉDICOS E INSUMOS

Na vistoria feita na Policlínica Ana Adelaide, não houve problemas com a escala de profissionais. Porém, foi informada a necessidade de ampliar a equipe médica, devido ao aumento da demanda. Havia ainda paciente aguardando regulação (transferência para tratamento mais complexo), há mais de 24 horas.

TCE-RO fiscaliza hospital e unidades de saúde no fim de semana para melhorar atendimento à população - News Rondônia

O aparelho para exame bioquímico ainda não foi instalado e existiam equipamentos danificados. Na parte de trás da unidade, verificou-se ausência de segurança, o que favorece a ação de criminosos contra pacientes e profissionais de saúde.

Outro problema: falta de coletor de urina.

Como ponto positivo, o ambiente da policlínica estava limpo, apresentando organização e descarte correto dos resíduos.

PROBLEMAS TAMBÉM NA UPA DA ZONA LESTE

Durante a visita técnica à UPA Leste, em Porto Velho, foram identificados pontos relacionados às condições estruturais, materiais, equipamentos e atendimento na unidade. Faltam vários insumos: esparadrapo, fita de glicemia, seringas e capote (vestimenta hospitalar que resguarda o corpo do profissional).

O equipamento de raio-X continua sem funcionar. Porém existiam outros exames disponíveis à população, incluindo o de Covid-19. Apesar do volume de pacientes atendidos, o fluxo estava ocorrendo de maneira tranquila. A escala de profissionais estava completa. A unidade estava limpa e organizada.

Entre as recomendações da equipe do TCE-RO, estão a implementação de medidas de segurança e controle de acesso às áreas restritas.

FUNCIONAMENTO NORMAL NA UPA ZONA SUL

Na UPA Zona Sul, foi registrado funcionamento normal. Não houve problema em relação à escala de profissionais, que estava disposta na entrada e bem acessível às pessoas. Todos os exames disponíveis estavam sendo realizados e não havia falta de medicamentos. Usuários e profissionais ouvidos pelo TCE-RO confirmaram o bom serviço prestado na unidade.

TCE NOTIFICA GESTÃO MUNICIPAL

Ainda na noite deste sábado, o Tribunal de Contas do Estado de Rondônia enviou notificação à gestão da Secretaria de Saúde de Porto Velho.

No documento, são destacadas as constatações e providências a serem tomadas nas unidades gerenciadas pelo município: UPAs da Zona Leste e da Zona Sul e Policlínica Ana Adelaide. Também determina prazo para solução dos problemas.

O ofício ainda afirma que o TCE-RO irá monitorar, de forma permanente, o serviço de saúde.

Por fim, reforça a importância da adoção rápida, eficaz e coordenada das providências para assegurar a regularidade na prestação dos serviços de saúde e a proteção dos recursos públicos.

AÇÃO PERMANENTE QUE O CIDADÃO SENTE

Na prática, o impacto já pode ser percebido. Com as recomendações do Tribunal, gestores estão corrigindo rotas, otimizando recursos e ajustando processos para ampliar o acesso à saúde e reduzir desigualdades no atendimento. Esse trabalho aumenta a transparência e reforça a confiança da sociedade nas instituições públicas.

A estratégia institucional do TCE-RO de atuar de forma sistemática na fiscalização dos serviços públicos de saúde reflete sua compreensão sobre a relevância dessa área para o bem-estar social.

O TCE tem um único propósito: melhorar a qualidade de vida do cidadão por meio do Controle Externo qualificado.

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Mega-Sena não tem acertador e prêmio vai a R$ 20 milhões

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O Concurso 2.923 da Mega-Sena não teve acertador no sorteio realizado neste sábado (4). Com isso, o prêmio acumulou e pagará R$ 20 milhões no próximo concurso.  

As dezenas sorteadas são 18 – 27 – 32 – 39 – 55 – 56.  

  • 29 apostas acertaram cinco dezenas e irão receber R$ R$ 63.029,43 cada
  • 2.749 apostas acertaram quatro dezenas e irão receber R$ 1.096,01 cada

O próximo concurso ocorrerá na terça-feira (7). As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site ou aplicativo da Caixa.

A aposta simples, com seis dezenas, custa R$ 6.

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Candeias do Jamari registra primeiro caso suspeito de intoxicação por metanol em Rondônia

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O município de Candeias do Jamari, em Rondônia, registrou o primeiro caso suspeito de intoxicação por metanol no estado, segundo dados divulgados neste sábado (4) pelo Ministério da Saúde. O caso integra o conjunto de notificações que vêm sendo investigadas em diversos estados do país desde o fim de setembro.

De acordo com o boletim do Ministério, o Brasil soma 195 notificações de intoxicação por metanol após a ingestão de bebidas alcoólicas. Destas, 14 foram confirmadas e 181 permanecem em investigação. As informações foram enviadas pelos estados ao Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde Nacional (Cievs) até as 16h de sábado.

O estado de São Paulo lidera as notificações, com 162 registros — sendo 14 confirmados e 148 sob investigação.
Também há ocorrências suspeitas nos seguintes estados: Pernambuco (11), Mato Grosso do Sul (5), Paraná (3), Bahia (2), Goiás (2), Rio Grande do Sul (2), Distrito Federal (1), Espírito Santo (1), Minas Gerais (1), Mato Grosso (1), Rondônia (1), Piauí (1), Rio de Janeiro (1) e Paraíba (1).

Até o momento, 13 mortes foram notificadas em decorrência da possível intoxicação, sendo uma já confirmada em São Paulo. Na tarde deste sábado, o governo paulista confirmou uma segunda morte relacionada à ingestão de bebida contaminada por metanol.
Os óbitos investigados estão distribuídos da seguinte forma: 7 em São Paulo, 3 em Pernambuco, 1 na Bahia e 1 em Mato Grosso do Sul.

Diante do aumento dos casos e da gravidade da situação, o Ministério da Saúde determinou, na quarta-feira (1º), que todas as suspeitas de intoxicação por metanol sejam notificadas imediatamente por estados e municípios. O objetivo é reforçar a vigilância epidemiológica e garantir uma resposta rápida e eficaz para prevenir novos casos.

Na mesma data, a pasta também instalou uma sala de situação nacional para monitorar a evolução dos casos. De caráter extraordinário, essa estrutura permanecerá ativa enquanto houver risco sanitário e necessidade de monitoramento e resposta coordenada em todo o país.

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Moradores encontram sucuri gigante às margens de estrada

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Moradores de São Francisco do Guaporé (RO) levaram um susto ao se depararem com uma enorme sucuri de aproximadamente seis metros às margens da Linha Eixo, nas proximidades do km 14, logo após a ponte que dá acesso à região de Porto Murtinho.

De acordo com informações, a cobra tentava atravessar a estrada, chamando a atenção de motoristas e pedestres que passavam pelo local. Apesar do tamanho impressionante, o animal não representou risco e acabou retornando para a mata.

O episódio chamou a atenção da comunidade local, que ficou surpresa com a presença do réptil e reforçou o alerta para que condutores redobrem a atenção ao trafegar pela via.

Casos como esse têm se tornado mais frequentes em Rondônia. Recentemente, uma onça apareceu em um bairro de Ji-Paraná e mobilizou o Corpo de Bombeiros, enquanto outra quase invadiu uma creche no distrito de Extrema. Esses episódios destacam a importância do cuidado e respeito à fauna silvestre, especialmente em áreas próximas a florestas.

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