Geral
Moraes manda PGR se manifestar sobre operação policial no Rio
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta terça-feira (28) que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste, no prazo de 24 horas, sobre o pedido do Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) para que o governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, preste informações sobre a Operação Contenção, que deixou pelo menos 64 mortos.

O despacho foi proferido após o ministro assumir o comando do processo conhecido como ADPF das Favelas, ação na qual a Corte já determinou medidas para combater a letalidade policial na capital fluminense.
Após a realização da operação, o CNDH pediu ao Supremo que Castro apresente um relatório da operação, a justificativa formal para sua realização, e esclareça as providências adotadas para socorrer as vítimas e garantir a responsabilização de agentes no caso de eventual descumprimento de direitos humanos.
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Mais cedo, Moraes foi escolhido para tomar decisões urgentes envolvendo o processo, diante da ausência de um relator para o caso. A ação era comandada pelo ex-ministro Luís Roberto Barroso, que se aposentou na semana passada.
Em abril deste ano, o Supremo definiu medidas para combater a letalidade policial durante operações da Polícia Militar contra o crime organizado nas comunidades do Rio de Janeiro.
Agência Brasil
Geral
Ministro diz que não recebeu pedido de apoio à operação no Rio
O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, disse, na tarde desta terça-feira (28), que não recebeu pedido do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, para apoio à Operação Contenção, realizada nos complexos do Alemão e da Penha. O estado confirmou mais de 60 mortes até o momento.

“Não recebi nenhum pedido do governador do Rio de Janeiro, enquanto ministro da Justiça e Segurança Pública, para esta operação. Nem ontem, nem hoje, absolutamente nada.”
Ele acrescentou que nenhum pedido do governador Cláudio Castro foi negado. O ministro qualificou a operação de “cruenta” em vista das mortes de agentes de segurança pública e de inocentes.
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O ministro lembrou que, recentemente, no começo deste ano, o governador do Rio esteve no Ministério da Justiça e Segurança Pública pedindo a transferência de líderes das facções criminosas para penitenciárias federais de segurança máxima. “Foi atendido. Nenhum pedido foi negado”, reforçou.
Em entrevista à imprensa na tarde de hoje, o ministro avaliou que não era o momento de analisar a operação. “Não posso julgar porque não estou sentado na cadeira do governador”, afirmou, lamentando as mortes ocorridas.
“Quero apresentar a minha solidariedade às famílias dos policiais mortos, e minha solidariedade às famílias dos inocentes que também pereceram nesta operação. Ainda me colocar à disposição das autoridades do Rio para qualquer auxílio que for necessário.”
Ao falar sobre a Operação Contenção, o governador Cláudio Castro cobrou mais apoio do governo federal no enfrentamento às organizações criminosas que atuam no Rio de Janeiro. Segundo Castro, o estado está atuando “sozinho nesta guerra”.
Defesa da PEC
Também nesta tarde, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffman, disse, por rede social, que os violentos episódios no Rio de Janeiro ressaltam a urgência da aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública no Congresso Nacional.
Para ela, ficou evidente a necessidade de articulação entre forças de segurança no combate ao crime organizado. “Também ficou demonstrada a necessidade de que as ações sejam precedidas de operações de inteligência, inclusive inteligência financeira, para que obtenham sucesso, como vimos na Operação Carbono Oculto.”
Agência Brasil
Geral
Sisu 2026: com nova regra para uso do Enem, notas de corte devem subir ou cair?
Pela primeira vez, o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) permitirá que os candidatos usem notas das três edições mais recentes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) — 2023, 2024 e 2025 — para buscarem uma vaga em universidades públicas.
🤔Será que as notas de corte vão aumentar? Quem levará vantagem após a nova regra? Para entender quais serão os impactos práticos dessa mudança, o g1 ouviu sete professores e coordenadores de colégios e cursinhos pré-vestibular. Veja mais abaixo, nesta reportagem, as possibilidades levantadas.
Em resumo:
- Notas de corte devem subir nos cursos mais concorridos.
- Candidatos veteranos terão vantagem sobre os novatos.
- Por um lado, regra pode favorecer quem tem possibilidade de fazer cursinho por anos; por outro, alunos de baixa renda ganham segunda chance de ingresso após terem desistido de fazer o Enem.
- Ociosidade pode cair com número maior de candidatos. Ao mesmo tempo, haverá provavelmente mudanças de curso entre quem já estava matriculado — causando o abandono das vagas “originais”.
- “Colecionadores de aprovação” influenciarão ainda mais as notas parciais.
➡️Como era antes? Desde a criação do programa, em 2010, a única nota aceita era a do ano imediatamente anterior ao do processo seletivo. Por exemplo: no Sisu 2025 (em janeiro de 2025), foram computadas as notas do Enem 2024 (aplicado em novembro de 2024). No Sisu 2024, consideraram-se as notas do Enem 2023. E assim por diante.
📖Notas de corte devem subir nos cursos mais disputados
De acordo com os especialistas entrevistados, é muito provável que as notas de corte dos cursos mais concorridos (como medicina) sejam ainda mais altas no Sisu 2026.
“Se cada candidato usa sua melhor nota dos últimos três anos, você está empurrando o topo da curva para cima”, afirma Ademar Celedônio, diretor de ensino e inovações educacionais do SAS Educação.
“O funil desses cursos de altíssima demanda deixa de ser de uma geração e passa a ser de três gerações, com a melhor versão de cada pessoa. Em termos práticos, fica mais difícil entrar nos cursos já difíceis.”
➡️Nos cursos menos disputados, a nota de corte deve permanecer estável ou até cair um pouco, por causa da baixa procura por vagas.
“Os candidatos passam a ter mais opções: podem optar por utilizar notas de outros anos em cursos mais concorridos”, explica Zeid Sakr, head de operações das Escolas SEB.
⚖️Ansiedade aumenta de um lado e diminui do outro
A mudança diminui a pressão sentida pelo candidato que se dedicou nos últimos anos, mas que “bateu na trave” e não foi aprovado por pouquíssimos pontos. Por exemplo: se ele enfrentou problemas pessoais em 2025 ou, nos domingos de prova, não se sentiu bem, terá a possibilidade de usar novamente as notas de 2023 ou de 2024.
“Em linhas gerais, a mudança tende a tranquilizar os candidatos veteranos. Atua como um fator de redução da ansiedade e do estresse”, afirma Raul Celestino de Toledo Soares Neto, Coordenador Pedagógico do Poliedro Curso SP.
Celedônio concorda. “Diminui essa lógica cruel do que é fazer tudo num dia só — e, se ele for mal, perdeu o ano.”
Por outro lado, os novatos provavelmente se sentirão em desvantagem, já que disputarão uma vaga com quem terá três “cartas na manga”, pondera o professor do SAS Educação.
“O aluno que está fazendo pela primeira vez o ensino médio vai chegar competindo com veteranos mais experientes e com maior maturidade”, diz. “Para aquele adolescente que está tentando medicina pela primeira vez, vindo direto do terceiro ano do ensino médio, a vida dele ficou mais difícil.”
Outro fator que pode atrapalhar os estreantes do Enem é a novidade “aos 45 do segundo tempo”.
“Acho que é uma mudança que, no geral, é ruim — principalmente pelo timing péssimo. Está muito perto das provas. Isso aumenta a tensão e cria dose extra de ansiedade nos candidatos”, afirma Rodrigo Magalhães, professor da Plataforma AZ.
💰Reforço de desigualdades ou maior acesso à universidade?
Heitor Ribeiro, coordenador do Curso Anglo, afirma que a decisão do Ministério da Educação amplia o acesso ao ensino superior.
“Mais pessoas poderão tentar uma vaga sem ficarem restritas exclusivamente à edição do ano. Isso aumenta as oportunidades e reduz a pressão”, explica.
“Alunos de baixa renda, que por motivos pessoais ou de trabalho não consigam se preparar bem ou mesmo participar do exame em 2025, poderão utilizar notas de 2023 ou 2024 para disputar uma vaga. Isso oferece uma segunda chance real para quem não pode estar em condições ideais todos os anos.”
Ao mesmo tempo, os candidatos que tiverem a possibilidade de fazer o Enem todo ano ficarão inevitavelmente à frente dos demais.
Ribeiro não vê a questão como uma mudança significativa no quesito de desigualdade. “Candidatos com maior poder aquisitivo costumam ter acesso a uma preparação mais prolongada e prestam a prova por vários anos, o que já lhes dá certa vantagem competitiva. A mudança não cria essa vantagem.”
Não é um posicionamento consensual. Celedônio, do SAS Educação, vê a modificação da regra como mais uma vantagem a quem tem maior poder aquisitivo.
“Se você pode bancar cursinho bom por dois anos e sentar para fazer o Enem três vezes, você acumula chances maiores e escolhe a sua melhor nota. Isso favorece quem tem mais recursos”, afirma.
Sakr, das Escolas SEB, segue a mesma linha de raciocínio e diz que “a mudança pode ampliar as desigualdades e beneficiar aqueles que já têm mais oportunidades.”
👩🏫Ociosidade das vagas diminuirá?
As instituições de ensino públicas buscam formas de combater a baixa ocupação de vagas.
Por outro, passa a haver uma maior mobilidade de alunos que, já matriculados em algum curso, queiram usar a nota “antiga” do Enem para mudar de área e se inscrever em outra instituição. A vaga original, nesse caso, ficará ociosa, explica Magalhães.
Por um lado, com mais candidatos podendo se inscrever no Sisu, a chance de preencher as turmas é maior, diz Celedônio.
👻O medo dos ‘fantasmas’
Quem participa do Sisu lida com o sistema como uma Bolsa de Valores: durante o período de inscrição, pode mudar suas opções de curso com base nas notas de corte parciais divulgadas diariamente.
Ia tentar Odontologia, mas percebeu que está muito longe do desempenho mínimo esperado? Há a possibilidade de editar a própria inscrição e pleitear uma oportunidade em outra graduação.
Pois bem: há os famosos “colecionadores de aprovação”, que entram no sistema apenas para poderem dizer depois que “passaram na universidade X”. Eles não vão efetivar a matrícula, porque nunca pretenderam entrar no curso.
“Tudo bem, a vaga irá para a reclassificação. Mas precisamos ver como a maior presença deles pode alterar as notas de corte iniciais”, diz Magalhães, da Plataforma AZ.
🖥️Possibilidade de erro técnico?
O Sisu apresentou diversos problemas técnicos nos últimos anos:
- Sisu 2025: alunos reclamam que resultado foi divulgado com um dia de atraso e em formato que dificulta saber classificação
- Após falha no site do Sisu 2025, aprovados ‘perdem’ vaga no dia seguinte: ‘já tinha comemorado nas redes’, diz aluna
- Sisu 2024: MEC divulgou lista errada de aprovados porque não havia terminado de analisar todas as categorias de cotas
O fato de permitir que cada CPF do candidato seja associado a três edições diferentes do Enem tornará o processo seletivo bem mais complexo, afirmam os professores. Espera-se, evidentemente, que o sistema tenha sido adaptado da melhor maneira.
Outras dúvidas
🎓Mas e se a prova do outro ano tiver sido mais fácil? O sistema de correção do Enem é chamado Teoria de Resposta ao Item (TRI): a nota final não é a simples soma do número de acertos. Essa técnica mede a coerência no desempenho — se o estudante tiver acertado as questões mais difíceis e errado as mais simples provavelmente “chutou” as alternativas. Consequentemente, ganhará menos pontos do que aquele que respondeu corretamente as fáceis e errou só as difíceis.
Uma das justificativas do uso de TRI é justamente possibilitar a comparação de notas em diferentes provas.
🎓Como funcionará a seleção? De acordo com o Ministério da Educação (MEC), será considerada a pontuação que gerar a melhor média ponderada no curso escolhido.
Por que média ponderada? Ao fazer o Enem, os candidatos alcançam determinada pontuação em cada uma das provas (Ciências da Natureza, Ciências Humanas, Matemática, Linguagens e Redação). Ao se inscreverem no Sisu, a média será diferente dependendo do curso e da universidade escolhidos. Por exemplo: é possível que a graduação em Física atribua um peso maior à nota de Matemática do que um de Jornalismo, que dará maior importância para Ciências Humanas.
Será possível usar mais de uma edição do Enem na mesma inscrição? Até a mais recente atualização desta reportagem, o Inep não havia esclarecido se seria possível usar a nota de uma edição na 1ª opção de curso e de outra na 2ª opção.
A regra de usar as últimas edições da prova no Sisu vale para quem participou como treineiro? Não. Ou seja, só as notas válidas no ano de conclusão do ensino médio (ou em posteriores) poderão ser usadas.
🎓O que é o Sisu
O Sisu é o sistema do governo federal que permite aos estudantes concorrer gratuitamente a vagas em universidades públicas de todo o país, utilizando a nota do Enem.
Desde 2024, o programa passou a ter edição única anual, com oferta de cursos cujas aulas começam no primeiro ou no segundo semestre.
Na edição de 2025, foram disponibilizadas 261,7 mil vagas em 6.851 cursos de 124 instituições públicas. Ao todo, 254,8 mil candidatos foram aprovados, sendo 128 mil na ampla concorrência, 111 mil por cotas e 14 mil por políticas afirmativas próprias das universidades.
Fonte: G1
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Desembargador Alexandre Miguel é eleito presidente do Tribunal de Justiça de Rondônia para o biênio 2026-2027
O desembargador Alexandre Miguel foi eleito presidente do Tribunal de Justiça de Rondônia (TJRO) para o biênio 2026-2027, em sessão administrativa realizada nesta terça-feira (28), na sede do tribunal, em Porto Velho.
Na mesma eleição, foram escolhidos os desembargadores Francisco Borges para a Vice-Presidência, Glodner Luiz Pauletto para a Corregedoria-Geral da Justiça e Gilberto Barbosa como diretor da Escola da Magistratura de Rondônia (Emeron).
A posse dos eleitos está prevista para dezembro, e o início do mandato ocorrerá em 1º de janeiro de 2026.
A sessão foi conduzida pelo atual presidente do TJRO, desembargador Raduan Miguel Filho, com a participação dos desembargadores Aldemir de Oliveira e Francisco Borges na mesa diretora. A votação confirmou chapa única, com escrutínios realizados separadamente para cada cargo. Após a apuração, os resultados foram anunciados pelo presidente Raduan.
Trajetória do novo presidente
Natural de Tupi Paulista (SP), Alexandre Miguel iniciou sua carreira na magistratura rondoniense após ser aprovado em concurso público aos 24 anos. Atuou nas comarcas de Cacoal, Espigão d’Oeste, Pimenta Bueno e Rolim de Moura, até ser promovido para a capital, Porto Velho.
Com ampla experiência na administração judiciária, passou pela Corregedoria-Geral, Presidência, Ouvidoria e Justiça Eleitoral, além de ter presidido a Associação dos Magistrados de Rondônia (Ameron). Em 2010, foi promovido ao cargo de desembargador e, atualmente, dirige a Emeron, onde se destacou pela valorização da formação, da cultura e da memória institucional.
Compromisso e mensagem aos colegas
Em seu primeiro pronunciamento após a eleição, Alexandre Miguel destacou o sentimento de honra e responsabilidade diante da nova missão.
“Tenho consciência do legado que recebemos. O TJRO é referência nacional em produtividade, inovação e gestão. Essa é uma responsabilidade que nos impulsiona a ir mais longe”, afirmou.
Ele ressaltou que a meta de sua gestão será a excelência na prestação jurisdicional e o atendimento ao cidadão, com foco na eficiência e na humanização.
“Vamos caminhar juntos pela excelência no atendimento e na gestão dos recursos. Nossa missão institucional vai além dos números — é o fortalecimento da cidadania e do acesso à Justiça para todos os rondonienses”, declarou.
O magistrado também conclamou o engajamento dos colegas:
“Convoco todos os magistrados e servidores a embarcarmos juntos nessa jornada. Vamos inovar sem perder nossas raízes.”
O decano da Corte, desembargador Roosevelt Queiroz Costa, e os demais membros do Tribunal parabenizaram os eleitos e desejaram êxito na nova gestão.
Indicações para o TRE-RO
Durante a mesma sessão, o TJRO definiu os nomes para compor o Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia (TRE-RO). Foram indicados como titulares os desembargadores Raduan Miguel Filho e Daniel Ribeiro Lagos, e como suplentes, Osny Claro e Álvaro Kalix Ferro.
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