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Careca do INSS comprou salas comerciais por R$ 700 mil e pagou com Pix

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O empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, comprou e pagou com Pix duas salas comerciais em Brasília dois meses antes da operação policial contra as fraudes no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

Escrituras e certidões levantadas pela reportagem indicam que Antunes, apontado como peça-central no escândalo do INSS, comprou as duas salas no Setor Bancário Norte, área vizinha à Esplanada dos Ministérios, por R$ 700 mil.

Procurado pela reportagem, o advogado de Antunes, Cleber Lopes, não quis se manifestar.

As compras ocorreram em 12 de fevereiro. Uma das salas foi paga com um Pix de R$ 335 mil para a antiga dona. A outra, negociada por R$ 365 mil, foi paga com duas transferências via Pix de R$ 182.500 para os dois proprietários anteriores.

As salas de 50 m² cada ficam no Edifício Central Brasília, onde estava uma das duas sedes da principal empresa de Antunes, a Prospect Consultoria. Uma sala vizinha havia sido identificada pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) em nome da companhia, de acordo com relatório de março da PF (Polícia Federal).

Segundo o ex-diretor financeiro da Prospect, Milton Salvador, outras três das várias empresas do grupo também funcionavam no local: a Acca Consultoria Empresarial, a Brasília Consultoria Empresarial e a Camilo Comércio e Serviços.

Em depoimento à CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS na semana passada, Milton afirmou que as três empresas ocupavam quase o quinto andar inteiro do prédio. As duas salas adquiridas em fevereiro ficam no sexto.

O levantamento indica que o lobista também comprou um apartamento de três quartos no Cruzeiro, bairro próximo à região central de Brasília, por R$ 515 mil em outubro do ano passado. Segundo a escritura, o pagamento foi feito por meio de transferência bancária.

Nenhum dos três imóveis foi registrado, segundo as certidões de ônus (documento que indica, por exemplo, existência de hipoteca ou penhora) levantadas pela reportagem. A prática não é considerada crime nem tem prazo para ser feita, mas traz insegurança jurídica e pode ser usada para ocultar patrimônio.

“Não registrar a compra de um imóvel pode ser usado como uma forma de ocultar patrimônio, pois impede que a sua titularidade seja reconhecida oficialmente. Sem o registro, o imóvel ainda aparece como sendo do vendedor, o que pode confundir credores e juízes, como em processos de divórcio ou execução fiscal”, explica o professor de direito e relações de consumo da Fundação Getúlio Vargas Fábio Lopes Soares.

Um quarto imóvel comprado por Antunes, em um prédio no Setor Comercial Sul, área também vizinha à Esplanada, consta no mapeamento dos negócios imobiliários da offshore realizado pela PF para a operação Sem Desconto, deflagrada em abril.

Segundo a certidão, o prédio foi adquirido por Antunes em junho do ano passado por R$ 4 milhões. O valor foi pago por ele por meio de transferência via TED.

O imóvel, o único registrado, foi declarado indisponível em uma ação judicial que corre em segredo de Justiça. A ordem judicial foi registrada na certidão de ônus em 9 de maio deste ano -após a primeira fase da operação da PF.

Em depoimento à CPMI do INSS, Milton afirmou que a ACDS Call Center, outra empresa do grupo Prospect, funcionava na região onde o prédio está localizado.
As escrituras apontam que o “Careca do INSS” compareceu no cartório como diretor ou sócio da RPDL LTD, offshore registrada nas Ilhas Virgens Britânicas.

A empresa também aparece com o nome Camilo & Antunes Limited, ambos inscritos no Brasil sob o mesmo CNPJ.

De acordo com as escrituras dos quatro negócios, os pagamentos foram feitos pela offshore a partir de uma conta de Antunes no BRB (Banco de Brasília).

No primeiro relatório da Operação Sem Desconto, datado de março, o edifício de R$ 4 milhões em Brasília é listado entre as transações imobiliárias da offshore de Antunes, assim como três imóveis em São Paulo.

A Polícia Federal apontou que “as aquisições imobiliárias significativas realizadas em junho e julho de 2024 apresentam fortes indícios de lavagem de dinheiro” e totalizam R$ 11 milhões.

As três transações não registradas em cartório de imóveis não constam no relatório da PF tornado público em abril. No total, elas somariam mais R$ 1,2 milhão ao montante em negócios imobiliários da offshore.

“É possível concluir que as ações de Antonio Carlos Camilo Antunes, incluindo seu envolvimento com a empresa offshore Camilo & Antunes Limited e as aquisições imobiliárias significativas realizadas em junho e julho de 2024, apresentam fortes indícios de lavagem de dinheiro”, afirma o documento da PF, de março de 2025.

“A coincidência temporal com o esquema da ‘farra do INSS’ o uso de uma empresa sediada nas Ilhas Virgens Britânicas e as transações de alto valor reforçam a suspeita de que essas operações foram realizadas com o intuito de ocultar a origem ilícita dos recursos”, diz o relatório.

Antunes deve ser ouvido nesta quinta-feira (25) pela CPMI do INSS. Ele está preso de forma preventiva desde 12 de setembro.

Fonte: Notícias ao Minuto

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Congresso exige exame toxicológico para motoristas de categorias A e B

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O Congresso Nacional manteve na íntegra três vetos presidenciais e derrubou apenas um após acordo entre governo e oposição nesta quinta-feira (4). Em um quinto veto analisado, deputados e senadores mantiveram um e rejeitaram três dos dispositivos vetados.

Os vetos foram incluídos como extra pauta durante sessão marcada exclusivamente para apreciar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026.

Ao rejeitar um dos vetos, o Parlamento estabeleceu a obrigatoriedade de exame toxicológico para primeira habilitação dos motoristas das categorias A e B da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

As categorias A e B são destinadas para motoristas de carros, vans e motos de passeio. Até então, o exame toxicológico era exigido apenas para os motoristas das categorias C e D, que são aqueles que fazem transporte de carga ou de passageiros.

Com a derrubada deste veto, todos os tipos de motorista devem apresentar exame toxicológico negativo para adquirir a primeira CNH. No caso dos motoristas das categorias C e D, o exame é exigido ainda na renovação da habilitação.

O veto derrubado foi aplicado na sanção da Lei 15.153 de 2025 que destina o uso de multas de trânsito para financiar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) de pessoas de baixa renda inscritas no Cadastro Único do governo federal.

Pessoas com deficiência

Um dos vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva mantidos pelo Parlamento foi o que barrou o dispositivo que limitava a concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC) apenas nos casos de deficiência consideradas moderadas ou graves. O BPC é pago aos idosos de baixa renda ou pessoas com deficiência em situação de pobreza.

Com a manutenção do veto, fica permitida a concessão do BPC também para pessoas com deficiência considerada leve. O veto foi o referente à Lei 15.077 de 2024, que altera normas ligadas a assistência social, previdência e programas de transferência de renda.

Pedófilos e predadores sexuais

Também por acordo, foi mantido o veto do Executivo que derrubou o dispositivo que previa que os dados dos condenados no Cadastro Nacional de Pedófilos e Predadores Sexuais ficariam disponíveis para consulta pública por 10 anos após o cumprimento da pena.

Com a manutenção do veto, a lista dos condenados por crimes sexuais fica aberta enquanto durar o cumprimento da pena. O veto mantido é referente à Lei 15.035.

Embrapa

Também por acordo, foi rejeitado o veto presidencial integral ao projeto de lei que isentava a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) do pagamento de taxas e contribuições cobradas pelos órgãos reguladores em pedidos feitos pela estatal.

O governo alegou no veto que a medida previa benefício tributário sem apresentar medidas compensatória de impacto orçamentário, afetando o equilíbrio financeiro das entidades reguladoras.

Por outro lado, os defensores do projeto defendem que a medida facilita inovação no setor agropecuário ao reduzir os custos da Embrapa. Com a derrubada do veto, a isenção do pagamento de taxas será sancionada como Lei.

Fonte: Notícias ao Minuto

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Semagric leva mutirão de emissão do CAF à zona rural e facilita acesso dos agricultores

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A Prefeitura de Porto Velho, por meio da Secretaria Municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Semagric), realizou nesta quinta-feira (4) um mutirão para emissão do Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF) na Associação de Produtores e Produtoras Rurais Chacareiros e Moradores da Estrada dos Periquitos e Entorno. A ação aproximou o serviço das famílias rurais e garantiu que dezenas de agricultores pudessem regularizar sua documentação sem precisar se deslocar até a cidade.

Para a coordenadora estadual do MMC, Sebastiana Cláudia, a presença da equipe da Semagric representa mais do que praticidade, significa acesso real às políticas públicas.

“A importância do CAF é que ele abre portas. Para nós do MMC, é o checkmate. As mulheres foram contempladas com 30 unidades do Terra-Mesa e a primeira exigência para acessar o programa é ter o CAF. Sem ele, nada anda. Agora, com a secretaria vindo até aqui, tudo fica mais acessível, até mesmo para quem quer fazer Pronaf ou comprovar renda para estudar numa universidade pública”, destacou.

O presidente da associação, Arivelton da Silva, reforça que muitos produtores enfrentam dificuldades para ir até a área urbana resolver pendências. “Tem produtor que não tem condições de ficar indo pra rua. A burocracia é grande. A vinda do secretário Rodrigo com a equipe facilita demais. É um trabalho de extrema importância para a agricultura familiar aqui da Estrada dos Periquitos”, afirmou.

O agricultor José Solimar de Lima Bastos, que produz coentro hidropônico, também comemorou a iniciativa. “Eu quero crescer, investir mais. O CAF ajuda a gente a conseguir financiamento. A Semagric vindo até a comunidade facilita muito. Pra gente ir e voltar da cidade é complicado. Eles vindo aqui é uma grande força”, disse.

Para muitos moradores, a dificuldade não é apenas a distância, mas as tentativas frustradas de resolver tudo na cidade, como relatou a agricultora Ângela Vitória Santa Rosa de Brito. “Eu já tentei tirar o CAF antes e não consegui. Aqui fica muito mais fácil. Se faltar algum documento, a gente corre em casa e volta. Ajuda demais, porque sem esse documento a gente não consegue investir na produção”, afirmou.

O CAF é o RG do produtor”, diz secretário

O secretário municipal da Semagric, Rodrigo Ribeiro, destacou que o mutirão é uma orientação direta do prefeito para aproximar a secretaria das comunidades rurais.

“Essa ação é para facilitar a vida dos agricultores. O CAF é como o RG da propriedade. É por meio dele que os produtores conseguem acessar programas da Semagric e do governo federal. Começamos essa primeira emissão em comunidade, mas será a primeira de muitas. Nosso compromisso é estar dentro das comunidades”, afirmou.

Ação deve se ampliar em 2026

O diretor do Departamento de Desenvolvimento Rural e Técnicas Agrícolas, Paulo Neri, reforçou que o mutirão representa um avanço na descentralização das políticas públicas. “A importância desse mutirão é levar comodidade à comunidade. O CAF é a identidade do produtor rural. Com ele, o agricultor tem acesso a crédito, programas federais e municipais. Estamos identificando quem realmente é agricultor familiar para direcionar melhor os benefícios”, explicou.

Ele ainda detalhou a documentação necessária para quem não participou desta etapa. “É preciso um documento da propriedade ou uma autodeclaração. A renda também pode ser autodeclarada ou comprovada com notas fiscais. A emissão leva cerca de 30 minutos. Quem quiser pode procurar a secretaria das 7h30 às 13h30. Esse foi nosso primeiro mutirão, e no ano que vem queremos fazer em todo o município”, concluiu.

Fonte: Secretaria Municpal de Comunicação (Secom)

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Ação reforça diálogo direto entre passageiros e a Agência de Regulação

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A Agência de Regulação e Desenvolvimento de Porto Velho (ARDPV) iniciou uma ação importante de aproximação com os usuários do transporte coletivo: a instalação de adesivos informativos em toda a frota de ônibus da capital, oferecendo aos cidadãos um canal direto com a Ouvidoria da Agência.

Os adesivos, fixados na parte externa dos veículos, exibem de forma clara e acessível o telefone de contato (69) 3901-6331, que também funciona via WhatsApp. A Ouvidoria está disponível para receber reclamações, sugestões, elogios e denúncias relacionadas ao transporte público e aos demais serviços regulados pela ARDPV.

A iniciativa reforça o compromisso da Agência com a transparência, a participação social e a melhoria contínua dos serviços que fazem parte do dia a dia da população. Ao tornar o contato da Ouvidoria visível para todos, a ARDPV facilita o registro imediato de ocorrências e incentiva a fiscalização cidadã, elemento essencial para elevar a qualidade do transporte coletivo e dos serviços públicos delegados.

Mais que uma ação de comunicação, trata-se de um gesto de proximidade. Ao encontrar o número da Ouvidoria no ônibus, o passageiro entende que sua opinião tem importância e que a Agência está aberta ao diálogo, acolhendo cada manifestação com seriedade, respeito e empatia. A proposta é transformar o cotidiano do transporte coletivo em um espaço de escuta ativa, onde cada contribuição do cidadão ajuda a identificar falhas, aprimorar rotas e promover melhorias reais.

A medida integra o processo de modernização da ARDPV, fortalecendo os canais oficiais de atendimento e ampliando a capacidade de resposta às demandas da sociedade. Quando a população participa e compartilha informações, o trabalho de fiscalização se torna mais rápido, preciso e eficiente.

Com a instalação dos adesivos, a ARDPV convida a população a participar ativamente da construção de um transporte coletivo mais organizado, seguro e eficiente.

Ouvidoria ARDPVTelefone: (69) 3901-6331WhatsApp 24 horas

Fonte: Secretaria Municipal de Comunicação (Secom)

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