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Política

STF torna Bolsonaro e mais 7 réus por tentativa de golpe, em decisão unânime

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Por unanimidade, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira (26) tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro réu pelos crimes de golpe de Estado e tentativa de abolir o Estado Democrático de Direito.

É a primeira vez que um ex-presidente eleito é colocado no banco dos réus por crimes contra a ordem democrática estabelecida com a Constituição de 1988. Esses tipos de crime estão previstos nos artigos 359-L (golpe de Estado) e 359-M (abolição do Estado Democrático de Direito) do Código Penal brasileiro.

“Não há então dúvidas de que a procuradoria apontou elementos mais do que suficientes, razoáveis, de materialidade e autoria para o recebimento da denúncia contra Jair Messias Bolsonaro”, disse o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo, referindo-se à acusação apresentada no mês passado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet.

O relator votou para que Bolsonaro também responda, na condição de réu no Supremo, aos crimes de organização criminosa armada, dano qualificado pelo emprego de violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado. Se somadas, todas as penas superam os 30 anos de cadeia.

Brasília (DF) 25/03/2025 - Ministro Alexandre Moraes - O Supremo Tribunal Federal (STF) começa a julgar, o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete denunciados pela trama golpista vão se tornar réus na ação.
O caso será julgado pela Primeira Turma da Corte, colegiado formado por cinco dos 11 ministros que compõem o tribunal. 
Foto: Antonio Augusto/STF

Seguiram o relator os ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma, colegiado composto por cinco dos 11 ministros do Supremo onde tramita o caso sobre o golpe.

Os ministros também decidiram, por unanimidade, tornar mais sete aliados de Bolsonaro réus na mesma ação penal. Eles responderão pelos mesmos crimes imputados ao ex-presidente.

A Primeira Turma considerou haver indícios suficientes de que os crimes imputados existiram (materialidade) e foram praticados pelos denunciados (autoria), merecendo assim serem mais bem apurados.

Os oito réus compõem o chamado “núcleo crucial” do golpe, entre as 34 pessoas que foram denunciadas. São eles:

  • Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
  • Walter Braga Netto, general de Exército, ex-ministro e vice de Bolsonaro na chapa das eleições de 2022;
  • General Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
  • Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência – Abin;
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal;
  • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
  • Paulo Sérgio Nogueira, general do Exército e ex-ministro da Defesa;
  • Mauro Cid, delator e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

No primeiro dia de julgamento, as defesas dos acusados negaram, uma a uma, a autoria dos delitos por seus clientes. A maior parte dos advogados reclamou também de questões processuais, alegando, por exemplo, o cerceamento de defesa, por não terem tido acesso, segundo contam, ao material bruto que embasou a denúncia.

Após o julgamento, o advogado Celso Vilardi, que representa Bolsonaro, disse esperar que agora, com a abertura da ação penal, seja dado acesso mais amplo da defesa ao material utilizado pela acusação. “Esperamos que tenhamos a partir de agora uma plenitude de defesa, o que não tivermos ate agora”, disse o defensor.

Também no primeiro dia de análise do caso, Gonet reiterou suas acusações. Segundo a narrativa do PGR, os atos golpistas foram coordenados durante anos, começando em meados de 2021, com o início de um ataque deliberado às urnas eletrônicas e ao sistema eleitoral, e culminando com o 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores de Bolsonaro invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília.

Próximos passos

Com a aceitação da denúncia, os oito acusados passam à condição de réus, respondendo a uma ação penal no Supremo pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

Com a abertura do processo criminal, os advogados poderão indicar testemunhas e pedir a produção de novas provas para comprovar as teses de defesa. Com o fim da instrução do processo, o julgamento será marcado, e os ministros vão decidir se o ex-presidente e os demais acusados serão condenados à prisão ou absolvidos.

Não há data definida para o julgamento, que depende do andamento da instrução processual. Até lá, os réus devem responder ao processo em liberdade. Conforme entendimento do próprio Supremo, qualquer prisão para cumprimento de pena só deve ocorrer após o trânsito em julgado da ação penal. Isto é, quando não for mais possível apresentar nenhum recurso contra eventual condenação. 

Acusação

Conforme a acusação da PGR, Bolsonaro tinha conhecimento do plano intitulado Punhal Verde Amarelo, que continha o planejamento e a execução de ações para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes.

A procuradoria também garante que o ex-presidente sabia da minuta de decreto com o qual pretendia executar um golpe de Estado no país. O documento ficou conhecido durante a investigação como “minuta do golpe”.

Em seu voto, Moraes afirmou “não haver dúvidas” sobre conhecimento de Bolsonaro acerca do documento.

“Não há dúvida que o denunciado Jair messias Bolsonaro conhecia, manuseava e discutiu sobre a minuta de golpe”, destacou o relator.

“Qual a implicação desse conhecimento para o cometimento dos crimes imputados pela PGR deve ser ainda verificada durante a instrução da ação penal”, disse Moraes. “A interpretação do fato vai ocorrer durante a instrução penal.”

No voto, Moraes frisou que o plano de Bolsonaro começou a ser posto em prática em julho de 2021, quando em uma transmissão ao vivo pela internet o ex-presidente “atacou as urnas eletrônicas sem nenhum fundamento e sem apresentar nenhum elemento concreto”. 

O objetivo seria insuflar aliados e criar o clima para se manter no poder mesmo com derrota na tentativa de reeleição, em 2022, destacou Moraes. A denúncia “aponta o aumento da intensidade da agressividade de forma progressiva, integrando a execução de seu plano” autoritário, indicou o ministro-relator.

Política

Cristiane Lopes destina 360 mil para ampliar atendimento aos Autistas em Rondônia

Deputada reforça compromisso com a causa no Dia Mundial de Conscientização do Autismo

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No Dia Mundial de Conscientização do Autismo, celebrado em 2 de abril, a deputada federal Cristiane Lopes reafirmou seu compromisso com a causa ao visitar a Associação de Pais e Amigos do Autista de Rondônia (AMA-RO).

Durante a visita, a parlamentar anunciou a destinação de R$ 360 mil em emenda parlamentar para a ampliação da sede da instituição, garantindo mais estrutura para o atendimento a pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). “A jornada de quem tem um filho autista pode ser extremamente desafiadora, mas juntas podemos construir uma sociedade mais acolhedora e compreensiva”, destacou.

A AMA-RO tem um papel essencial no suporte a crianças, jovens e adultos com TEA, oferecendo atendimento terapêutico, educacional e social. Com o novo investimento, a instituição poderá expandir suas atividades, aumentando o número de vagas e criando novos projetos, como uma oficina de corte e costura e um laboratório multimídia e de robótica, alinhados ao projeto PCD + Mães Atípicas, também de autoria da deputada.

A presidente da AMA-RO, Nilza Maria Ferreira, destacou a importância do recurso para a continuidade e ampliação dos serviços. “Toda a nossa gratidão pelo empenho e dedicação da deputada Cristiane Lopes às necessidades das famílias atípicas. Esse investimento chega num momento essencial para fortalecer nossa missão e garantir mais inclusão”.

O compromisso de Cristiane Lopes com a causa vai além das emendas parlamentares. A deputada é autora da Frente Parlamentar de Apoio às Mães Atípicas e de projetos de lei que ampliam os direitos e garantias das famílias atípicas, como o PL 561/2024, que cria a Semana Nacional da Maternidade Atípica, e o PL 4942/2023, que assegura atendimento psicológico gratuito pelo SUS para mães atípicas.

“Seguirei firme nessa luta, pois entendo a importância de garantir condições dignas para as pessoas com TEA e suas famílias. Nosso trabalho é constante, e com a união de esforços poderemos construir um futuro mais justo e inclusivo para todos”, concluiu.

Fonte: Assessoria

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Política

Governador Marcos Rocha nomeia Elias Resende como Secretário-Chefe da Casa Civil

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O Governador do Estado de Rondônia, Coronel Marcos Rocha, nomeou Elias Resende de Oliveira para exercer, interinamente, o cargo de Secretário-Chefe da Casa Civil. O decreto foi publicado nesta segunda-feira (01/03).

Elias Resende já desempenhava funções na administração estadual e, agora, acumulará suas atuais atribuições com as novas responsabilidades do cargo. A Casa Civil é um dos órgãos mais estratégicos do governo estadual, atuando na articulação política e na gestão de demandas institucionais do Executivo.

A nomeação interina de Elias Resende ocorre em um momento desafiador para a gestão estadual, considerando o atual cenário administrativo e econômico. A expectativa é que sua experiência contribua para a continuidade e eficiência da coordenação entre as diversas pastas governamentais.

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Política

Deputada Cristiane Lopes pede ações urgentes para minimizar impactos das cheias em Rondônia

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Diante da grave situação das cheias em Rondônia, a Deputada Federal Cristiane Lopes encaminhou, na última semana, ofícios aos Ministérios dos Transportes e da Integração e Desenvolvimento Regional solicitando medidas emergenciais para minimizar os transtornos causados à população.

Entre as reivindicações, está o alteamento da BR-425, principalmente no trecho do Km 30, próximo à ponte do Rio Araras, e o envio de ajuda humanitária para as famílias desabrigadas em Porto Velho.

“Todos os anos, a elevação das águas do Rio Madeira causa inundações e bloqueia a BR-425, afetando o transporte e a mobilidade da população. Agora, com o nível do rio já acima dos 16 metros e previsão de subir ainda mais, a situação se agrava”, comentou.

A interdição da BR-425 pela Polícia Rodoviária Federal no último dia 24 de março reforça a necessidade de obras para evitar novos alagamentos na rodovia, que é uma via essencial para o deslocamento entre Porto Velho e Guajará-Mirim.

Além disso, a Prefeitura de Porto Velho já decretou Situação de Emergência devido às inundações, o que exige o reconhecimento federal para que o município possa acessar recursos e receber apoio da Defesa Civil Nacional.

Cristiane Lopes segue acompanhando a situação de perto e reafirma seu compromisso em buscar soluções para minimizar os impactos das cheias na região.

“Centenas de famílias estão desabrigadas e precisam de apoio imediato. Por isso, estou cobrando do Governo Federal ações urgentes para garantir assistência à nossa gente e evitar mais prejuízos”, concluiu.

Fonte: Assessoria

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